Este é, naturalmente, um cenário pouco conveniente para o Lusitânia, que, a não ser que as regras mudem, vê a sua presença nas competições nacionais de futebol em risco para a próxima temporada, apesar de o clube ter cumprido a sua missão onde realmente lhe diz respeito, isto é, dentro das quatro linhas, onde se faz rolar a bola e se fazem golos. Seria, portanto, injusto para a turma açoriana não disputar a próxima edição do CPP, competição que lhe daria outra visibilidade, ao clube e aos seus jogadores, muitos deles ainda jovens e que podem, assim, ver muitas portas fechar-se… ou nem chegar a abrir. A verdade, porém, é que a vertente financeira é crucial no mundo do Futebol; participar nos escalões nacionais implica custos, ainda mais quando estamos a falar de equipas das ilhas, que têm de se deslocar regularmente a Portugal Continental para realizar os seus jogos.
O Presidente do clube “verde e branco”, João Orlando Rebelo, já admitiu que a situação é muito complicada mas garante que o Lusitânia não pensa, de modo algum, em abdicar da presença no CPP, conforme foi revelado em entrevista ao jornal terceirense Diário Insular. Caso o governo do arquipélago não mude a forma como aplica os fundos monetários disponíveis para apoiar os clubes, o responsável do clube não vê “muitas alternativas a não ser a eventual disponibilidade dos sócios e amigos do Lusitânia e dos nossos habituais patrocinadores”. As próximas semanas deverão trazer novidades em relação a esta matéria.
Foto de capa: SC Lusitânia