O Guerreiro do Sul – Entrevista a José Augusto Ferreira

    BnR: Num jogo entre o Portimonense e o Sporting B, foi acusado de ter, alegadamente, proferido comentários racistas sobre Mama Baldé. Confirma ou desmente a situação?

    JA: Esse assunto já foi ultrapassado.

    BnR: Como analisa a prestação do Portimonense nesta temporada?

    JA: O Portimonense está a fazer um grande campeonato, fruto e grande mérito do Investidor da SAD, que soube manter a estrutura do futebol profissional do ano passado e acrescentar mais valias no plantel e noutras estruturas importantes para que a subida se consumasse este ano.

    BnR: Como se define como treinador?

    JA: O meu perfil de treinador define-se pelo trabalho metódico,pela organização e pela ambição de envolver emocionalmente todos os que se inserem no projecto. Gosto de inovar e no processo que haja um tríade de evolução, do clube da equipa e do jogador. A minha filosofia passa por entrar em todos os jogos com ambição de lutar sempre pela vitória, criando uma equipa inteligente e jogadores com poder autónomo de decisão.

    BnR: Quais são as influências que teve e quais são os melhores treinadores do mundo, na sua opinião?

    JA: Por diversas vezes já referi em entrevistas anteriores que os treinadores que mais me influenciaram foram, o professor Zé Tó, que foi o meu grande mestre em termos de organização e planeamento do treino, o Professor Vítor Maças e Carlos Mozer pelo seu carácter e personalidade.

    BnR: Tem preferência por um futebol de posse ou por um futebol mais vertical e de transições?

    JA: O futebol é jogado pelo jogadores, o treinador deve perceber o contexto do clube onde está inserido e potenciar o jogo consoante as características dos jogadores e do contexto da competição. No mundo tão competitivo como futebol, ganhar e atingir os objetivos do contexto torna-se crucial. O crescimento deve ser sustentado e o importante é condizermos as nossas ideias e transformá-las em resultados que nos mantenham vivos no mundo onde não existe lugar para romantismo mas sim para pragmatismo.

    BnR: Qual é o seu protótipo de jogador perfeito?

    JA: O jogador é um ser humano, a sua mente não é um recipiente vazio, foi construído com um carácter e personalidade individual ao longo das suas vivências. Claro que a a sua técnica e a sua componente tática bem como o seu perfil físico é importante. Posso dizer que gosto de lapidar, envolver o homem/jogador e através da lógica do jogo, provocar e potenciar a sua evolução e torná-lo inteligente e autónomo nas suas decisões.

    BnR: Se tivesse de apostar, quem acha que será campeão na primeira liga? E na segunda, quem acha que irá subir?

    JA: No inicio do campeonato da 1.ª Liga pensei que a luta iria ser a três, atualmente a luta vai ser entre o Benfica e Porto. Na Segunda liga no início pensei que a luta iria ser mais acesa, o Portimonense sem dúvida que vai subir falta apenas definir que será a segunda equipa, até há bem pouco tempo pensei que seria o Aves pelo investimento e pela diferença pontual, atualmente o cenário não está assim tão claro. Certeza, só uma, Portimonense na Primeira Liga.

    Foto de capa: Portimonense SC

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    Emanuel Melo
    Emanuel Melohttp://www.bolanarede.pt
    O Emanuel está no terceiro ano da licenciatura em Comunicação Social e Cultura. Vem da terra do Pauleta, das paisagens deslumbrantes e do queijo Terra Nostra. Gosta de ver a Premier League e espera um dia poder vir a ser relatador de futebol.                                                                                                                                                 O Emanuel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.