«O Sporting CP esteve interessado e tinha vontade de jogar em Portugal» – Entrevista BnR com Raffael

    – A chegada a Monchenglabach, a consolidação no clube e um “ídolo” no Borussia –

    «Acredito que esta época não seja a minha última na carreira como jogador de Futebol».

    BnR: Era um sonho antigo do clube visto que quando estava a sair do Hertha BSC, em 2011/12, já o queriam. Arrepende-se de ter escolhido a Ucrânia e não ter vindo logo para o Borussia?

    Raffael: Não me arrependo! Até porque quando fui para o FK Dínamo de Kiev foi para jogar a Liga dos Campeões, que era um grande desejo meu. Fui com esse grande objetivo de jogar esta competição e consegui! Conseguimo-nos classificar para a Fase de Grupos e pude jogar, pela primeira vez, esta grande competição que é a UEFA Champions League. E não me arrependo de ter feito essa decisão não! Teria feito a mesma decisão se fosse agora.

    Na época 2011/12, o FK Dínamo de Kiev começou a caminhada na Champions League na 3.ª Pré-Eliminatória. Nos Play-Off eliminou o Borussia VfL Monchenglabach e na Fase de Grupos ficou no Grupo A com a presença de Paris Saint-Germain FC, FC Porto e GNK Dinamo de Zagreb. Conseguiu assegurar o 3.º lugar e uma vaga na Liga Europa onde seria eliminado pelo FC Girondins de Bordeaux. 

    BnR: Chegou na mesma altura que o guarda-redes Yann Sommer. Acredita que são dois símbolos do clube, atualmente, e veem-se como uma referência para os jogadores mais jovens?

    Raffael: Espero que sim! (risos) Não só eu. Como falou, o Yann Sommer também o é, mas também o Patrick Herrmann [avançado alemão de 29 anos, que está desde 2008 no clube]. São jogadores que já estão há muito tempo no clube e, no meu ponto de vista, servimos de inspiração para muitos jovens que estão na formação do Borussia.

    O guarda-redes suíço do Borussia VfL Monchengladbach, Yann Sommer, integrou o plantel na mesma altura do que Raffael na época de 2013/14. Ambos são vistos como exemplos pelos mais novos da formação do clube
    Fonte: Borussia VfL Monchengladbach

    BnR: Nesta Bundesliga, a diferença entre o 1.º e o 5.º é somente de seis pontos e tudo pode acontecer (e o Borussia tem menos um jogo também). O que podemos esperar deste Borussia VfL Monchengladbach para esta época visto que só está focado na Bundesliga? Nota: Até à data que a entrevista foi feita, o Borussia VfL Monchengladbach estava no 4.º lugar com 42 pontos, mas com apenas 21 jogos, menos um do que as restantes equipas na Bundesliga.

    Raffael: Podemos esperar que até ao final do campeonato vamos estar a lutar para conseguirmos permanecer entre os primeiros classificados. Sabemos que é difícil, mas este campeonato dá para perceber que está muito equilibrado ao contrário do que aconteceu com os restantes onde o FC Bayern Munchen era quase sempre líder isolado. Este ano, o Borussia já esteve na liderança, o RB Leipzig também já lá esteve e, agora, está o Bayern. Acho que vai ser assim até ao final e espero que nós [Borussia VfL Monchengladbach] permaneçamos entre os primeiros (risos).

    BnR: O que é que acha que mudou para quê este ano a 1. Bundesliga se tenha tornado ainda mais competitiva?

    Raffael: Acho que com a chegada de jogadores excelentes ao nosso plantel ajudou bastante para tornarmo-nos mais competitivos. Já tínhamos um bom elenco, mas com a chegada de mais jogadores de qualidade foi algo bom. Isto só mostra que temos muita qualidade e que podemos lutar contra os principais clubes pelos primeiros lugares.

    O avançado brasileiro teve uma lesão esta época que o tem deixado fora dos relvados, porém, o jogador está pronto para voltar aos relvados, e tem sido elogiado pelo treinador, Marco Rose
    Fonte: Borussia VfL Monchengladbach

    BnR: Disse numa entrevista ao Rheinische Post que gostaria de terminar a carreira no Borussia VfL Monchengladbach e a verdade é que faltam apenas quatro meses para terminar o seu contrato com o clube. O ano de 2020 será o ano em que vamos deixar de ver o Raffael nos relvados?

    Raffael: (risos) Não! Estou muito bem fisicamente e estou a treinar de uma forma muito boa. O treinador [Marco Rose] até me elogiou! Mesmo não estando a jogar muito tempo, estou a ter um ritmo muito bom nos treinos e sinto-me totalmente bem. Acredito que esta época não seja a minha última na carreira como jogador de Futebol. Claro que se não continuar no Borussia, vou procurar outro clube porque possibilidades tenho. Mas isso não vai ser o final ainda! (risos)

    BnR: Caso não exista essa renovação e haja uma proposta para voltar para o Brasil é uma grande possibilidade?

    Raffael: O Brasil é uma grande possibilidade! Inclusive, não só de agora, mas, há algum tempo, o campeonato brasileiro está a ser uma grande possibilidade para voltar a jogar lá. Mas não penso nisso agora! Com calma vou pensar sobre tudo. No momento certo, penso!

    BnR: Quando terminar a carreira de futebolista, gostaria de ficar ligado ao futebol de alguma forma? Como treinador ou até com um cargo no Borussia VfL Monchengladbach?

    Raffael: Claro que penso nisso! Este clube costuma contratar antigos jogadores para trabalhar no clube e quem sabe não vá ter a possibilidade de num futuro também ter essa oportunidade? Treinador não é uma opção para mim (risos). Acho que é uma profissão muito stressante e ser treinador está descartado como opção futura depois de terminar a carreira.

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    João Pedro Barbosa
    João Pedro Barbosahttp://www.bolanarede.pt
    É aluno de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, tem 20 anos e é de Queluz. É um apaixonado pelo desporto. Praticou futebol, futsal e atletismo, mas sem grande sucesso. Prefere apreciar o desporto do lado de fora. O seu sonho é conciliar as duas coisas de que gosta, a escrita e o desporto.