«O meu Golf é verde por causa do Moreirense» – Entrevista Ricardo Andrade

    Tondela, Oliveira do Hospital e o Futuro

    Entretanto, mudou-se para Tondela, onde até tramou uma das pessoas que o ajudaram muito no futebol: «fomos jogar ao Sporting B, e defendi um pénalti do Ricardo Esgaio. No fim desse jogo, o Inácio [com quem tinha acabado de falar, antes de estar à conversa com o Bola na Rede] veio ter comigo e disse, a brincar, “andas a tramar o meu Sporting!”».

    Esteve uma época e meia na beira-alta, até se mudar para Leiria, primeiro, e para Oliveira do Hospital, depois, onde conheceu uma dura realidade, à qual  «as pessoas do clube, gente honesta, e que até se reuniu para cumprir comigo pelo trabalho de jogador, guarda-redes e por ter tentado arranjar patrocínio ao clube» eram alheias – «eu era jogador e estava treinando eu mesmo, e outros guarda-redes de várias nacionalidades. Todos eles passaram dificuldades e a minha mulher, inclusive, teve de cozinhar para alguns deles».

    Ricardo teve muitos companheiros de baliza no Oliveira do Hospital - «ainda falta aí um americano!»
    Ricardo teve muitos companheiros de baliza no Oliveira do Hospital – «nessa foto, ainda falta um americano!»

    Esta triste realidade foi-se esfumando com a chegada do Pinhalnovense, onde se encontra, de corpo e alma – «as pessoas aqui são correctas e temos boas condições», refere, elogiando a administração chinesa, que não lhe merece reparos nenhuns – «há aqui um intercâmbio interessantes – os jogadores chineses vêm para cá para aprender e a administração, em troca, consegue ajudar o clube».

    O  Pinhalnovense agradece, pois, a entrada de gente séria e honesta e que tem olho para o meio, tendo ido buscar jogadores como o próprio Ricardo, Janício (ex-Vitória de Setúbal), treinadores (de guarda-redes) como Candido Rego – «tenho evoluído muito com ele» ou, até há bem pouco tempo, dirigentes como António Carraça, com quem Ricardo Andrade tem mantido contacto – «ele agora está na Colômbia, no Millionarios, mas se ele continuasse cá penso que estaríamos lutando pela subida. Sem desprimor para as pessoas que cá estão agora, foi uma grande perda».

    Ricardo com a sua mulher e filhos
    Ricardo com mulher e filhos

    O futuro passa por crescer como guarda-redes, mas também como treinador ou treinador de guarda-redes – «já tenho nível C e tenho como ambição chegar a um clube da Liga – e fazer crescer algo que, entende, «sempre foi uma coisa maravilhosa, a coisa mais importante da minha vida a seguir à minha família» – o futebol. Daí ter-se revelado disponível com o Bola na Rede – «sempre que puder contribuir e falar com gente que contribui para o crescimento de futebol em Portugal, me chame».

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