O Benfica de Aguiar
No meio disto tudo, houve o Benfica – «sou uma pessoa relaxada, mas essa é uma paixão que tenho», embora achasse que « merecia passar mais tempo lá, porque quando um jogador é 12º jogador da época e teve um papel fundamental no desenrolar da época, merece ficar mais tempo».
Apanhou um bom balneário, gerido por um homem que o marcou, José Antonio Camacho – «fazia-nos trabalhar mais, dávamos tudo por ele. foi cinco estrelas como homem » -, de quem conta uma história curiosa – «na pré-época e nos estágios, havia sempre um barrilzinho de cerveja. Podíamos ir buscar uma cerveja, mas sem abusar, claro». Uma atitude que ajudou ao trabalho do grupo – «com essa confiança, as pessoas trabalham mais».
Dentro do balneário da Luz encontrou jogadores e momentos que o marcaram, como Tiago – «está no lote das pessoas com quem me dava mais. Eu, ele e o Ricardo Rocha estávamos sempre a almoçar e a jantar juntos», e acrescenta: «Enquanto pessoa… excelente! Enquanto jogador, também. Daí ter tido a carreira que teve e merece»… e a morte de Miki Féher. Num cenário tenebroso, marcado pela «noite escura, com chuva», viveu «o momento mais difícil da carreira. Isso mexe sempre connosco. Todos os anos, a 25 de Janeiro, lembro-me».
Fora do balneário, mas dentro de campo, apanhou adversários difíceis de marcar nos jogos grandes. Mas houve um mais difícil de marcar que os outros «não sei se foi pela fase, mas um que apanhei que foi muito dificil de marcar, e que por acaso nao teve muito sucesso em Portugal, mas esteve lá fora, foi o Diego, do FC Porto».