Coimbrões
Saiu de Espanha e veio terminar a carreira em Portugal, no Maia, depois de passar por Rio Ave e Leixões.
Abraçou a carreira de técnico, e hoje treina o Coimbrões, do Campeonato de Portugal. Depois de uma início de época promissor, com 3 vitórias em 4 jogos, a equipa começou a cair de produção, estando agora numa fase delicada, no lugar de acesso ao playoff de manuenteção e a apenas um ponto da descida directa. Algo que José Bizarro explica, numa primeira instância, pelo número de lesões – «não me lembro de ter um número tão grande de jogadores lesionados e de ter um banco em que, muitas vezes, o jogador mais velho é sénior de primeiro ano». É certo que «o bilhete de identidade não conta», mas a experiência, «sobretudo neste nível, conta muito».
Bizarro lamenta, portanto, não ter os meios que, por exemplo os três grandes têm – «não há equipas B nem nada parecido onde se possa recorrer. Às vezes ouvimos os clubes grandes queixar-se do problema de perder um ou dois jogadores e já ser um grande problema. Temos o caso do Brahimi, agora, com o FC Porto todo preocupado… nós quando ouvimos isso…»
Para além das ausências, a calendarização do Campeonato Nacional «feita por gente que nunca calçou umas botas» não ajuda à estabilidade de uma equipa na prova – «perder 75% dos pontos assusta um bocado. Nós acabámos a primeira fase com 30 pontos e passámos a ter 9», algo que, no entender de Bizarro é criticável – «Um campeonato entende-se como uma prova de regularidade e isto de regularidade não tem nada. Ao Coimbrões, bastava ficar com apenas 50% dos pontos para a época ficar mais que feita! Agora temos que estar a fazer contas».
A forma como este campeonato está estruturado desviruta-o, já que «há equipas que apostam tudo na primeira metade da época e depois andam a passear e há outras que passam a primeira fase da época a brincar para depois apostar tudo na fase final».