Podemos considerar o futebol um desporto que sempre foi muito relutante em relação à entrada das tecnologias para ajuda dos árbitros, principalmente durante o mandato de Joseph Blatter na FIFA.
O presidente suíço era publicamente cético em relação à introdução das novas tecnologias no futebol e, embora em muitos dos desportos a tecnologia fosse já uma presença assídua e normal, no futebol preferia optar-se por introduzir mais dois árbitros em campo para auxílio do árbitro principal, uma medida que veio a provar-se muito pouco eficaz para os efeitos desejados.
Era, assim, inevitável, não podíamos continuar de olhos fechados ao crescente poder da tecnologia na sociedade e continuarmos a olhar para o nosso futebol, tradicionalista e polémico, como um mundo à parte.
O futebol também tinha que passar por um processo de evolução e é dessa maneira que surge o vídeo-árbitro, uma ferramenta que chegou e prometeu vir acabar com alguns erros grosseiros dos árbitros. Depois de legislado pela International Board, o vídeo-árbitro chegava ao futebol em modo de teste, sendo a Liga Portuguesa uma das escolhidas para ser das pioneiras na introdução desta tecnologia.
Passada a época prevista de teste, 2016/2017, chegava a altura de começar a sério e o vídeo-árbitro arrancava em modo online. Parece ainda não ter convencido os mais céticos, os próprios adeptos de futebol precisam de passar por um período de adaptação a esta tecnologia.