“Sou Vitória”: Por dentro da mística vimaranense

    E qual a memória mais feliz que tem com o conjunto vimaranense? A resposta surgiu sem hesitações. «Foi no dia 26 de Maio de 2013, quando ganhámos a Taça de Portugal. Isso penso que é comum a qualquer Vitoriano». Sofia assistiu de perto a esse jogo, uma vez que marcou presença nas bancadas do mítico Jamor e não esquece por nada esse dia: «Não há muitas palavas que possa usar para descrever isso, mas chorei como uma criança, chorámos todos. Ver o Vitória a dar a reviravolta no marcador… Aqueles minutos depois do segundo golo pareceram uma eternidade. Mas quando se ouviu o apito final, aí sim, foi o concretizar de um sonho. Não sei descrever tudo o que senti nesse dia, nem consegui dormir! Dei muitos abraços ao meu pai, e a pessoas aleatórias. Foi o dia em que o Toural se encheu de vida, até uns noivos saíram do casamento para ir festejar… Não dá mesmo para explicar. É felicidade no seu auge, e um misto de sentimentos muito grande».

    Sofia esteve no Jamor na final de 2013, que terminou com o triunfo do Vitória SC
    Fonte: Arquivo pessoal da entrevistada

    A (longa e duradora) relação de Sofia com o Vitória SC nem sempre foi marcada por bons momentos, e a prova disso foi a descida à Segunda Liga na época 2005/2006, dia que a apoiante relembra com muita mágoa e tristeza: «No dia em que o Vitória desceu eu chorei, literalmente, como uma criança. Ia fazer 12 anos, mas não me esqueço».

    Apesar desse momento negativo, os adeptos do Vitória não viraram as costas ao clube e deram uma resposta em massa ao longo da temporada, tanto que bateram o recorde de média de assistências na Segunda Liga nesse ano, numa clara demonstração da fibra de que são feitos, na visão da entrevistada: «O Vitória na época em que esteve na segunda liga, duplicou o número de sócios, a média de assistências subiu, fizemos algo inédito no panorama nacional. Porque somos adeptos do Vitória, e não de vitórias. Quando estamos no charco é quando precisamos de alguém que nos tire de lá, e não o contrário. Os vitorianos perceberam isso como ninguém, nunca abandonaram a equipa, nem nos piores momentos, e é isso que nos torna grandes. Na minha modesta opinião, os Vitorianos uniram-se para ajudar o clube a regressar ao sítio onde pertence, claro que os que vieram “novos”, ficaram, outros se calhar não, mas os que já lá estavam a apoiar antes, continuaram. E a nossa história é sempre sobre quem esteve, está e estará, até morrer», numa clara prova de que o legado do Vitória Sport Clube passa de geração em geração.

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    Guilherme Costa
    Guilherme Costahttp://www.bolanarede.pt
    O Guilherme é licenciado em Gestão. É um amante de qualquer modalidade desportiva, embora seja o futebol que o faz vibrar mais intensamente. Gosta bastante de rir e de fazer rir as pessoas que o rodeiam, daí acompanhar com bastante regularidade tudo o que envolve o humor.                                                                                                                                                 O Guilherme escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.