Olympiacos FC 0-2 FC Porto: Vitória dos Dragões num jogo sem história

    A CRÓNICA: SUPERIORIDADE ESTRATÉGICA DO FC PORTO SOBRE UM FRACO OLYMPIACOS

    A primeira parte acabou por não ter grande história, com um FC Porto muito rodado. Ainda assim, esperava-se mais do Olympiacos que precisava de pontuar para garantir a qualificação para a Liga Europa.

    O jogo até começou de forma prometedora, com um lance polémico na área do Olympiacos logo aos 7’ minutos. Um canto do FC Porto contou com um cabeceamento de Toni Martínez ao primeiro poste, caindo em Felipe Anderson que ao segundo poste consegue cabecear a bola para a barra, surgindo dúvidas se depois a bola não cruzou a linha de golo.

    O lance foi ao VAR, mas em vez de ser verificado se a bola tinha entrado na baliza ou não, descortinou-se um penalti depois da bola ter batida na mão de Holebas no cabeceamento de Toni Martínez. O árbitro marcou a grande penalidade e Otávio não desperdiçou, abrindo o marcador aos dez minutos.

    Aos 15’, o Olympiacos teve tudo para empatar, depois de um grande passe a rasgar a linha defensiva portista para isolar Masouras que, no frente a frente com Diogo Costa, atirou por cima. Acabou por ser a melhor e única oportunidade da equipa grega no primeiro tempo, que não conseguiu criar grande perigo.

    Até ao apito do árbitro para mandar todos para o balneário, nenhuma equipa conseguiu nenhuma aproximação de realce à área adversária. Ainda assim, foi sempre o FC Porto a equipa que mais perigo apresentou, com alguns contra-ataques promissores.

    A segunda parte começou com mais domínio do Olympiacos, com algumas boas iniciativas. Fortounis, que entrou logo na primeira parte para tentar trazer mais criatividade ao meio-campo grego, era o mais animado. Conseguiu fazer algumas progressões pelo miolo do campo, criando mais perigo aos 54’ quando depois de passar por alguns jogadores portistas, isolou El Arabi na área. O avançado, que quase não se viu o jogo inteiro, rematou de forma algo frouxa e não conseguiu aproveitar a melhor oportunidade do Olympiacos na segunda parte.

    Os gregos continuavam com mais bola, mas sem conseguir criar situações de perigo para a baliza de Diogo Costa, que não teve trabalho nenhum ao longo da partida. O FC Porto ia ameaçando no contra-ataque, mas quase sempre com falhas na definição nas transições ofensivas.

    O segundo golo surge exatamente num ataque rápido dos Dragões. Uma bola longa para Luís Diaz que senta de forma impressionante Rafinha, colocando-se em posição para cruzar. Contudo, o passe é cortado e cai nos pés de Uribe na entrada da área. O colombiano remate sem pensar muito e acabou por fuzilar a baliza de José Sá. Estava fechado o marcador.

    Ainda houve tempo para Rúben Semedo ser expulso, com uma entrada desproporcionada sobre Luís Diaz para cortar um contra-ataque, que lhe valeu o segundo amarelo.

     

    A FIGURA

    O FC Porto ia ameaçando no contra-ataque, mas quase sempre com falhas na definição nas transições ofensivas.
    Fonte: Diogo Cardoso/Bola na Rede

    Otávio – O jogo não nos presenteou com grandes exibições a nível técnico, mas o jogador que mais se destacou foi, mais uma vez, o médio brasileiro. Otávio continua a ser o jogador mais influente da equipa do FC Porto nesta época. Tanto é fundamental na pressão, como depois é dos jogadores que melhor liga o meio-campo ao ataque. O brasileiro está num grande momento de forma, e tem jogado com uma grande confiança.

     

    O FORA DE JOGO

    Olympiacos – Os gregos precisavam de pontuar para certificar que se qualificavam para a Liga Europa, mas não parecia que era uma equipa a querer ganhar o jogo. Uma exibição muito frouxa, com pouca qualidade ofensiva e sempre com algumas debilidades defensivas. A equipa de Pedro Martins teve sorte que o Marseille também não conseguiu pontuar, e vai mesmo continuar nas competições europeias.

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    O FC Porto alinhou no 4-4-2 que se desdobra num 4-2-3-1 no momento ofensivo. A defender a equipa apresentou um bloco médio, sem a pressão alta que a equipa de Sérgio Conceição nos tem habituado. Apesar de no início até ter tentado uma pressão mais avançada no campo, baixou ao fim de pouco tempo de forma a manter o bloco mais compacto.

    Otávio era o jogador que mais se aproximava de Toni Martínez no momento defensivo, mas tinha a liberdade habitual para aparecer em todo o campo no momento com bola. No momento ofensivo, a equipa caía mais no lado direito, com combinações entre Nanú, João Mário, Otávio e Romário. Felipe Anderson também era o extremo que descaía mais no meio, deixando o flanco esquerdo todo para as investidas de Zaidu.

    O contra-ataque foi sempre a arma mais utilizada pelo FC Porto, especialmente com João Mário, que nunca conseguiu definir bem as jogadas, e depois com Luís Diaz, que entrou do banco.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Diogo Costa (6)

    Nanú (6)

    Chancel Mbemba (6)

    Diogo Leite (7)

    Zaidu Sanusi (6)

    Marko Grujic (6)

    Romário Baró (6)

    João Mário (5)

    Otávio (8)

    Felipe Anderson (5)

    Toni Martinez (4)

    SUBS UTILIZADOS

     Luís Diaz (7)

    Mateus Uribe (7)

    Jesús Corona (5)

    Malang Sarr(-)

    Evanilson (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – OLYMPIACOS FC

    O Olympiacos apresentou-se com um modelo de três médios, alternando entre um 4-3-3 e um 4-2-3-1. Sem bola era mais comum vermos um duplo-pivô, sendo que com bola era habitual cair um médio para entre os centrais, para garantir a superioridade numérica face à primeira linha de pressão do FC Porto de Toni Martínez e Otávio.

    Contudo, a equipa grega nunca conseguia entrar no bloco defensivo através de passes dos três jogadores mais recuados. Para tentar abrir mais o bloco portista, Pedro Martins avançou mais os laterais, arrastando com eles os extremos do FC Porto. Com isto, conseguia aumentar o espaço entre o ala e o médio desse lado, de forma a que a bola conseguisse entrar nos dos médios mais ofensivos.

    Ainda assim, o Olympiacos nunca conseguiu jogar muito entrelinhas, e quando jogava não aproveitava para criar grande perigo.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

     José Sá (5)

    Rafinha (5)

    Rúben Semedo (4)

    Pape Abou Cisse (5)

    José Holebas (5)

    Mohamed Camara (3)

    Yann M’Vila (6)

    Andreas Bouchalakis (4)

    Marios Vrousai (3)

    Giorgos Masouras (4)

    Youssef El Arabi (3)

    SUBS UTILIZADOS

     Kostas Fortounis (6)

     Lazar Randjelovic (5)

     El-Arbi Hilal Soudani (5)

     Ousseynou Ba (-)

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    Alexandre Matos
    Alexandre Matoshttp://www.bolanarede.pt
    O Alexandre é um jovem que estuda Ciências da Comunicação no Porto. Apaixonado por tudo o que seja desporto, encontra a sua maior obsessão no futebol. Como não tinha grande jeito para jogar, decidiu que o melhor era apostar no jornalismo desportivo. Amante incondicional de bom futebol, não tem medo de dar a sua opinião nem de ser polémico. Sendo qualidades inerentes à profissão que deseja exercer no futuro, rege-se pela imparcialidade e pelo critério jornalístico na sua escrita.