Corriam os últimos dias do mercado de verão de 2014, quando o FC Porto anunciou a contratação de um jovem brasileiro de seu nome, Otávio Monteiro, proveniente do Internacional do Brasil.
Inicialmente, o rumor que andava a circular pelos principais jornais desportivos era de que o luso-brasileiro iria reforçar as fileiras do SL Benfica, mas mais uma vez um “desvio” acabou por acontecer.
Os primeiros tempos não foram fáceis e Otávio teve de percorrer uma longa maratona até se consagrar num dos indiscutíveis do FC Porto. Sendo que, os astros só, com Nuno Espírito Santo, começaram a alinhar-se para o médio virtuoso, mas foi com Sérgio Conceição que tem evidenciado todo o seu futebol.
Se há uns anos, Otávio era um mero desconhecido, atualmente, o internacional português é a alma da equipa portista, trazendo critério, garra, magia, criatividade e mística ao jogo azul e branco.
Hoje, é notório que há um FC Porto com e sem Otávio, o que diz bem da sua qualidade e da sua essencialidade no plantel de Sérgio Conceição. Algo que foi notório, no início de temporada, onde se observou que o jogo da equipa ia de uma festa de garagem para uma ópera, no qual a diferença se identificava com a entrada do jogador em campo.
Além de toda a sua qualidade, Otávio ainda é competente a preencher várias zonas do terreno, tendo uma versatilidade que qualquer técnico aprecia, para além de estender a voz de um treinador para o campo, graças à sua leitura de jogo e liderança, visto que não é à toa que é um dos capitães do FC Porto.
É verdade, não sendo positivo, que é um atleta quezilento, mas isso não apaga a sua genialidade em campo e quem disser que não gostava de ter um “tavinho”, maneira carinhosa como é tratado no balneário azul e branco, mente com todos os dentes que tem na boca.
Perante tais factos, se há jogadores que ainda me levam na tentação de ir a um jogo de futebol, Otávio Monteiro é certamente um deles.