Decorreu no passado domingo a cerimónia de entrega de prémios da Associação de Jogadores Profissionais (PFA) de Inglaterra, que distinguiu os jogadores que mais se destacaram no decorrer da edição 2018/2019 da Premier League. Virgil van Dijk, defesa-central do Liverpool, foi o grande vencedor da noite, ao ser eleito o melhor jogador do ano, sucedendo ao seu colega de equipa Mohamed Salah, que havia vencido no ano passado.
O holandês superou a concorrência do seu colega de equipa Sadio Mané, dos citizens Raheem Sterling, Sergio Kun Aguero e Bernardo Silva e do belga Eden Hazard, que foram nomeados para o galardão. Van Dijk é consensualmente um dos melhores centrais da atualidade e tem-se destacado no eixo defensivo dos Reds, que ainda discutem taco-a-taco o título de campeão. Por isso mesmo, o «timing» destes prémios não me parece o mais adequado, uma vez que a época ainda não acabou e um brilharete de um destes jogadores num dos próximos jogos poderia alterar o desfecho do vencedor do campeonato e, meritoriamente, deste prémio.
Van Dijk tornou-se o quarto defesa a vencer o prémio e o primeiro desde 2004, ano em que John Terry foi o distinguido. A soberania do holandês levou a melhor sobre a preponderância que Sterling e Bernardo Silva têm no Manchester City. O português está a realizar a melhor época da carreira, com uma regularidade tremenda e já leva 7 golos e 8 assistências, enquanto que Sterling também vive a sua melhor temporada na Premier League, com uns impressionantes 17 golos e 12 assistências só no campeonato. A qualquer um dos três, o prémio ficaria bem entregue.
Raheem Sterling, no entanto, não saiu da cerimónia de mãos a abanar e foi eleito o melhor jogador jovem da competição. O inglês de 24 anos levou novamente a melhor sobre Bernardo Silva e ainda sobre Trent Alexander-Arnold (Liverpool), Declan Rice (West Ham), David Brooks (Bournemouth) e Marcus Rashford (Manchester United). É algo injusto para o português sair sem nenhum dos dois prémios, mas Sterling tem melhores números e Van Dijk está numa época intratável.
Para finalizar, a equipa do ano já era conhecida, mas também recebeu o prémio no decorrer da cerimónia. Manchester City e Liverpool dominaram, sendo Paul Pogba o único “intruso” no XI (opção muito discutível; Hazard, nomeado para melhor jogador, deveria fazer parte dela). Os eleitos foram: Ederson, Alexander-Arnold, Van Dijk, Laporte e Robertson; Pogba, Fernandinho e Bernardo Silva; Sterling, Mané e Aguero.
Nota ainda para os prémios no feminino, com Vivianne Miedema, avançada do Arsenal, a ser considerada a melhor jogadora, e Georgia Stanway, centrocampista do Manchester City, a ser distinguida como melhor jogadora jovem da Premier League feminina.
Foto de capa: PFA Awards
Artigo revisto por: Jorge Neves