FC Barcelona 2-8 FC Bayern Munique: Um atropelo histórico

    MEIA-HORA COM CERTIDÃO DE ÓBITO

    Foi num Estádio da Luz despido que Barcelona e Bayern Munique disputaram o acesso às meias finais da liga milionária. Duas equipas históricas que se enfrentaram naquele que acabou por ser o único verdadeiro «clássico» de Champions League nestes quartos de final.

    Uma partida que cedo pressagiou uma goleada inesquecível e que rapidamente culminou num resultado surreal, dada a dimensão de ambas as equipas. Nos próximos confrontos, se seguires o Guia passo a passo o código promocional 1xbet poderá ser uma dica valiosa também para o mercado de apostas.

    Vamos, então, para os primeiros 30 minutos, que não ofereceram descanso a quem assistia à partida em casa, dado os constantes acontecimentos consecutivos.

    Logo no início deste jogo frenético, ao minuto 4, Perisic foge na esquerda, levanta para Muller e posteriormente combina com Lewandowski, que finaliza de forma irrepreensível. Na resposta, ao minuto sete, o Barcelona marca com “ajuda” de Alaba, que fatura (um grande) auto golo e coloca de novo a turma de Setién em jogo. Após o golo, o Barcelona parecia respirar fundo e no espaço de 4 minutos falha duas oportunidades flagrantes para golo, ao passo que, primeiro, Suárez permite a defesa de Neuer e de seguida é Messi que leva a bola ao ferro, naquele que seria um cruzamento inconsequente. Mas no futebol quem não marca sofre e o Bayern comprovou isso mesmo (durante todo o jogo), na medida em que ao minuto 22 e após uma reação sufocante à perda, Gnabry e Perisic colocam novamente a equipa bávara na frente do marcador.

    A máquina do Bayern continuou a triturar sem baixar a intensidade e o terceiro golo não tardaria, ao passo que no minuto 27, após uma jogada deliciosa, Goretzka consegue isolar Gnabry, que com um passe sensacional não perdoou diante Ter Stegen. Três minutos depois, sem dar tempo ao Barcelona para se recompor, o Bayern voltou à carga, com uma jogada terminada por Muller, que conseguiu o bis numa partida histórica para o internacional alemão que concretizou o seu 113.º jogo na competição milionária e tornou-se o alemão com mais jogos na Liga dos Campeões.

    Em suma, uma primeira meia hora de grande fervor e impetuosidade germânica, onde ambas as equipas só tiveram olhos para a baliza contrária.

    O início da segunda parte, é mais do mesmo, ou seja, um Bayern Munique a manter o mesmo ritmo avassalador, sobre um Barcelona fatigado de ideias e sem qualquer recursos para encontrar buracos na defensiva germânica. Na segunda parte, o parcial foi o mesmo (1-4) com diferentes protagonistas.

    Suarez ainda dá algum ânimo ao Barcelona, mas novamente de curta vida, ao passo que a equipa bávara respondeu e marcou apenas passado seis minutos – Davies bailou sobre Semedo, assistiu Kimmich e este colocou um ponto final nas aspirações dos blaugrana com o 5-2. O sexto, sétimo e, por fim, oitavo golo, marcados por R. Lewandowski (uma vez) e Coutinho (2 vezes), surgem todos com a equipa da Catalunha caída no chão, sem oferecer qualquer sinal de vida. Golos estes de quem mais parecia que estava no parque, a brincar com miúdos, numa luta desigual e injusta.


    Ora se por um lado, tivemos um Barcelona que não lembra ninguém, perdido numa identidade desconhecida e a colocar um peso excessivo numa superestrela que procura resolver a maioria dos constrangimentos coletivos, do outro lado tivemos provavelmente a equipa melhor orientada e oleada dentro das ideias que o treinador pretende, em todos os momentos do jogo.

    Messi por si só é incrível. A forma como inventa e cria espaços onde mais ninguém vê, quer no momento de criação, quer no momento de decisão, fazem do astro argentino um dos melhores a pisar um relvado de futebol, mas nem sempre é suficiente e hoje esteve efetivamente desaparecido. É certo que apareceu esporadicamente em zonas de finalização, mas pouco ou nada assustou a equipa do Bayern.

    No fundo, foi a culminação de uma humilhação memorável para os adeptos do Bayern e um autêntico pesadelo para os adeptos do Barcelona, que terão que enfrentar o futuro de uma forma completamente diferente, se pretenderem novamente atingir os tempos áureos.

     

    A FIGURA


    Thomas Müller – Complicado escolher uma figura naquele que foi um coletivo sempre a remar no mesmo barco, consciente do que fazer em cada momento do jogo e com um rigor e uma avidez incrível pelo golo. Ainda assim, de destacar Thomas Muller. Marcou dois golos, esteve sempre ligado à corrente, foi decisivo e personificou a atitude competitiva da equipa dentro de campo.

    O internacional alemão fez relembrar os tempos de 2013. Apesar de por vezes parecer um pouco desengonçado, sabe exatamente o que quer e trabalha sempre em função de onde está o espaço e a bola, por vezes até funcionando como um autêntico treinador dentro de campo, para os seus colegas.

    O FORA DE JOGO


    Quique Setién – Não é o principal culpado deste Barcelona sem rumo e sem identidade, contudo tem no plantel jogadores de calibre para muito mais. A preparação foi ingénua e pouco consciente daquilo que é a prepotência e força do clube alemão. Poucas palavras restam, sendo que o resultado e a atitude corporal da equipa durante o jogo são o puro reflexo de um dos piores resultados da história blaugrana, onde o culpado reflete-se em Quique Setién. 

    ANÁLISE TÁTICA: FC BARCELONA

    Quique Setién entrou num diferente 4-4-2, com o «reforço» Vidal para o meio campo, a estrela Lionel Messi liberto no ataque, com maior preponderância para partir da direita para a esquerda, como é usual, ao lado de Suarez, várias vezes em jogo posicional ofensivo/defensivo. Um Barcelona, no fundo, à imagem daquilo que vinha transmitindo nos últimos jogos, fazendo uso de uma posse de bola inconsequente, passiva e pouco cuidadosa. Depois, uma falta tremenda de pragmatismo, que se traduziu por exemplo em apenas 3 remates à baliza, contra 14 do Bayern no final da primeira parte. De salientar que o reforço no meio campo, apenas por si só não ajudou, pois as dinâmicas nada se alteraram e a falta de agressividade contra um Bayern sem piedade, não ajudou.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Ter Stegen (4)

    Nelson Semedo (2)

    Piqué (4)

    Lenglet (4)

    Jordi Alba (6)

    Busquets (5)

    Sergi Roberto (6)

    Vidal (4)

    Frenkie De Jong (5)

    Messi (4)

    Suaréz (7)  

    SUBS UTILIZADOS

    Griezmann (5)

    Ansu Fati (6)

     

    ANÁLISE TÁTICA: FC BAYERN MUNICH

    O Bayern entrou em campo com o seu habitual 4x2x3x1, encaixando Thiago e Goretzka no duplo-pivot, aparecendo Kimmich e Davies, nas laterais, comprovando-se determinantes na vertente ofensiva da equipa bávara. Um Bayern à imagem do treinador, adotando a habitual reação estupenda à perda de bola e uma agressividade e espírito competitivo ímpares, que sufocaram por completo a equipa catalã.

    Ofensivamente, o difícil é sempre jogar simples e foi exatamente o que o Bayern fez, jogou simples e desequilibrou de todas as maneiras e feitios a frágil defensiva do Barcelona. Depois, no aspeto defensivo, como referido, implementaram uma pressão super intensa sobre o portador da bola, asfixiando-o e esgotando as soluções ao próprio. Depois, por fim, a linha defensiva sempre muito subida, que ajudou inúmeras vezes na recuperação, ou no desfecho vitorioso sobre os duelos.

    É óbvio que o futebol se faz nas mais diversas vertentes, fases e dimensões, mas é imperativo realçar a forma estupenda como a equipa comandada por Hans-Dieter Flick faz o campo adversário pequeno, suprimindo todas as soluções possíveis para o adversário que tem a bola. 

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Manuel Neuer (6)

    Kimmich (7)

    Boateng (6)

    Alaba (5)

    Davies (8)

    Thiago Alcântara (7)

    Goretzka (8)

    Perisic (8)

    Müller (9)

    Gnabry (7)

    Lewandowski (9)

    SUBS UTILIZADOS

    Tolisso (6)

    Hernández (6)

    Philippe Coutinho (9)

    Coman (6)

    Süle (5)

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Diogo Silva
    Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.