Mas quem olhar para o percurso do Real Madrid nesta época percebe que este já não é o caso: mesmo quando os jogos correm mal – e isso aconteceu muitas vezes -, a equipa sabe manter-se unida, confia no seu motor e na qualidade técnica dos atacantes para conseguir “roubar” um bom resultado. Um exemplo disto é o jogo da segunda mão da meia final, contra o FC Bayern München, no Santiago Bernabéu. Perante uma equipa bávara que procurou desde o início anular a derrota por 2-1 na primeira mão, o Real Madrid soube aguentar a pressão e soube capitalizar os erros do adversário, com a grande ajuda de uma desconcentração de Sven Ulreich.
Já antes disso, também a jogar em casa, na segunda mão dos quartos de final, contra a Juventus, os blancos, num dia não, encontravam-se, aos 90 minutos, a perder por 3-0, o que empatava a eliminatória, com três golos para cada equipa. Aos 94 minutos, o árbitro assinala penálti a favor do Real Madrid. Quem assumiu a marcação foi Cristiano Ronaldo. Mostrando a mentalidade que, neste momento, caracteriza os madrilenos, CR7 converteu o castigo máximo e lançou a sua equipa para a próxima fase da competição.
É este o grande mérito de Zidane: pegou num Bentley com demasiados adornos e deu-lhe um motor; pegou numa série de individualidades e transformou-as numa equipa; pegou numa equipa com uma crise de confiança e incutiu uma mentalidade de vencedores, deu-lhes a capacidade de aparecer sempre nos momentos grandes.