Liga dos Campeões: A sorte procura-se

    JUVENTUS

    A Juventus, ao contrário do Dortmund, mantem a regularidade de anos anteriores e, à liderança no grupo da Champions (embora teoricamente mais acessível que o dos germânicos), junta a da Serie A, confortavelmente resguardada por 7 pontos de vantagem (mais um jogo) sobre os rivais Roma e Milan que hoje se defrontam, podendo, por isso, ganhar pontos a ambos. O rumo a um histórico hexa é, portanto, uma realidade.

    Falta, porém, aliar esta hegemonia no futebol italiano a uma conquista europeia, e, tendo isto em conta, é de esperar que a Juventus entre com tudo no duplo confronto com o FC Porto como entrou nos jogos que disputou para a Champions, do qual é maior exemplo a vitória sobre o Lyon, em França, com o único golo do encontro a ser apontado por Cuadrado numa altura em que a equipa jogava em inferioridade numérica.

    A equipa orientada por Massimiliano Allegri parte de um 3x5x2 que projecta bem os seus laterais, embora estes tenham plena noção do espaço que possam deixar nas costas. Daniel Alves e Alex Sandro são dos melhores do mundo na sua posição e não poderiam encaixar melhor na organização de jogo dos italianos. No apoio a estas incursões, para além de Pjanic e Lemina/Hernanes, fornecedores de jogo às alas, costuma estar Pablo Dybala, que deambula nas costas da referência ofensiva Higuaín, indo em busca de jogo a toda a largura do terreno.

    Pjanic é importante na construção ofensiva dos italianos Fonte: Juvenuts FC
    Pjanic é importante na construção ofensiva dos italianos
    Fonte: Juventus

    A suportar todo este balanceamento ofensivo está, por norma, Sami Khedira, que resguarda o meio-campo mas também se consegue integrar, com qualidade, no ataque, contando, com o amparo da tripla linha defensiva composta por Barzagli, Bonucci e Chiellini, para o fazer. Nomes que são de grande utilidade quando há bolas paradas. A favor… ou contra.

    O processo defensivo está inerente a todo o momento ofensivo. Como boa equipa italiana, a Juventus começa a defender no ataque, contando com a disponibilidade da dupla argentina Higuaín-Dybala para condicionar a saída de bola do adversário, e a pressão do meio-campo quando a redondinha salta a primeira linha de pressão da velha senhora.

    A Juve não se esgota nos nomes citados, porém. Há ainda o ‘jovem’ de 38 anos, Buffon, que não conhece decadência, Lichtsteinter, que se integra bem em todo o movimento da equipa, na ala direita e Asamoah do outro lado. Há ainda Cuadrado, que faz todas as posições do meio-campo para a frente com um virtuosismo impresionante, Manduzkic, com capacidade de fazer esquecer Higuaín e ainda nomes perfeitamente competentes do eixo defensivo como Benatia, Marchisio ou Evra (assim tem sido usado o francês).

    Definitivamente, o FC Porto não terá vida fácil. Mas nomes não ganham jogos e uma boa noite no Dragão pode inclinar as probabilidades para o lado luso.

    Foto de capa: UEFA Champions League

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