Aos 54’ dá-se a primeira substituição, sai Jesé e entra Velazquez. Ronaldo, mais fixo, passa a assumir a zona mais central do terreno e com Bale e Lucas, que apresenta qualidades diferentes, especialmente defensivamente a Jesé, fecham linhas defensivas, acompanhando as subidas dos laterais franceses, Clichy e Sagna.
Otamendi com uma série de intervenções de qualidade e sempre com grandes compensações e de olho nas movimentações de Ronaldo e Bale. Este último que aos 63’ instala o pânico na defesa contrária com um cabeceamento ao ferro.
Sem resposta por parte de Yaya, Pellegrini é obrigado a mexer e faz entrar Sterling para o lugar de Yaya Touré e como resposta Zidane refresca o meio camo e lança James para o lugar de Isco.
Sem perigo, os últimos dez minutos de jogo foram marcados por uma entrada dura que podia dar vermelho para Lucas Velazquez sobre Sterling e por uma grande oportunidade para Sergio Kun-Agüero que, ao fazer o seu primeiro remate, enche o pé e por pouco não gelou o Santiago Bernabéu. Aos 87’, mesmo com alguns minutos para jogar, Zidane decide substituir Modric para um estádio em pé a aplaudir a estrela croata.
E termina o jogo. Está feita história. O Real Madrid volta a estar na final e volta a encontrar o Atlético, como havia acontecido em 2014 em Lisboa. Há que fazer um grande reparo. A 27 de Fevereiro de 2016, Real Madrid com uma série de lesionados, perde em casa 1-0 frente ao seu rival Atlético e é posta em causa a qualidade dos seus jogadores e mesmo de Zidane. Desde aí contam já com 19 vitórias, uma derrota corrigida frente ao Wolfsburgo, a final da Liga dos Campeões e uma luta até ao fim pelo campeonato.
A Figura
Luka Modric – Gareth Bale foi decisivo, mas hoje viu-se mais uma vez aquilo que Modric é capaz. Aquele que é para muitos o melhor médio da atualidade, dominou completamente o meio-campo. Foi crucial a anular as diagonais de De Bruyne e foi o ponto de equilíbrio no domínio desta noite.
Fora-de-jogo
Yaya Toure – Após uma bela primeira mão pelos citizens, Yaya foi a novidade do onze onde não correspondeu às expectativas. Com pouco intensidade e lento, permitiu que Kroos e Modric iniciassem jogadas com toda a tranquilidade. Com bola não foi o motor do Manchester City como outrora nos habituou.
Foto de capa: Real Madrid CF