SC Braga 2-1 AIK Estocolmo: Vitória com base na raça

    Cabeçalho Futebol InternacionalDepois de uma exibição que deixou muito a desejar na Suécia, principalmente no plano ofensivo, o Sporting de Braga partiu para este jogo com um resultado “animador” conseguido na Suécia, e as alterações tácticas do Braga, passou de um 4-3-3 para um 4-4-2 com a saída de Stojiljković do onze titular  para reforçar o meio-campo, e do AIK, que passou de um sistema de três defesas para um sistema de cinco, deixavam antever um jogo que facilmente poderia ser controlado pelos bracarenses, enganem-se.

    O Sporting de Braga entrou apático e claramente a dar preferência a defesa do resultado, deixando o AIK jogar e construir jogo, o que de um ponto de vista estratégico não pareceu uma opção muito lógica, pois os suecos corriam atrás do resultado e com uma preparação física muito mais avançada que os bracarenses, adivinha-se tarefa complicada, opção que cedo veio a revelar-se errada com o AIK a conseguir marcar cedo, aos 13 minutos , fruto de um erro defensivo de Rosic que permitiu a desmarcação do avançado do AIK, Obasi, que letal frente à baliza não tremeu e atirou a bola para dentro da baliza, começava assim cedo o plano do Sporting de Braga a desmoronar-se e os suecos colocavam-se em vantagem na eliminatória.

    A reacção do Braga fez-se demorar e apenas aos 26 minutos se vislumbrou uma reacção por parte de Pedro Santos com um remate frouxo por cima, deixava muito a desejar o jogo do Braga, até aqui, e a reacção da equipa ao golo concedido cedo, os suecos controlavam a posse de bola e eram bem-sucedidos na tarefa de manter a bola o mais longe possível da sua baliza, o Sporting de Braga ainda tentou criar alguns lances de perigo na primeira parte mas sem sucesso, claramente a equipa precisava do intervalo para afinar a sua estratégia para a segunda parte.

    Fonte: SC Braga
    Fonte: SC Braga

    Segunda parte que veio revelar um Sporting de Braga um pouco diferente, mais dominador, com a entrada de Xadas por Pedro Santos, o Sporting de Braga conseguiu manter a posse de bola durante muito mais tempo do que na primeira parte , o que proporcionou um maior caudal ofensivo, ainda que pouco eficaz, numa estratégia de cruzamento para área por parte dos laterais, Jefferson e Esgaio , à procura dos homens de área como Rui Fonte e Hassan , mas que não saiam afinados, a primeira oportunidade de muito perigo registada na segunda parte partiu das pernas de Fransérgio aos 69 minutos com um remate por cima de muito perigo para a baliza do AIK. Foi já no inicio de uma fase de frustração que o golo do empate surgiu, num lance caricato, com a bola a bater nas costas do guarda-redes sueco Linner e a isolar Rui Fonte perante a baliza que facilmente encostou a bola para dentro da baliza, estava assim empatado o jogo e a eliminatória, após uma segunda parte de maior controlo do Sporting de Braga, mas que poucas situações de perigo até então havia criado, tinha que ser através de um lance destes que o Braga haveria de chegar ao golo.

    Após o golo do empate por parte do Braga, ambas as equipas aparentaram ter mais medo de sofrer do que arriscar o que levou a um resto de jogo muito dividido a meio-campo sem ocasiões de ressalvar, claramente as equipas queriam prolongamento e foi prolongamento que tivemos, prolongamento esse que foi totalmente dominado pelo Sporting de Braga, claramente empurrados pelo enorme apoio vindo das bancadas os jogadores do Sporting de Braga fizeram um prolongamento com base na raça e no querer de levar vencida esta eliminatória, uma primeira parte de prolongamento em que o Braga carregou literalmente no meio campo dos suecos e podia ter-se colocado em vantagem á passagem do minuto 104 com uma perdida incrível, nem Rui Fonte nem Hassan quiseram rematar à boca da baliza e depois Wilson Eduardo a finalizar ao lado, Sporting de Braga não deixava o AIK respirar, nesta altura.

    O golo da vitória acaba assim por surgir numa altura em que talvez ambas as equipas já começavam a ficar conformadas com a ideia das grandes penalidades, cruzamento de Jefferson e Raul Silva a desviar a bola para dentro da área, ficava assim selada a eliminatória no último minuto, depois de um prolongamento em que o Braga fez por merecer o resultado, mas que não apaga mais uma má exibição deste Braga com Abel Silva, continuam sem convencer e será preciso muito mais para os play-off que se adivinham de dificuldade mais exigente, os suecos do AIK foram uns dignos vencidos e deram uma excelente replica, mas claramente inferiores ao Braga, só assim se explica que o Braga se qualifica-se com duas exibições ofensivas, na Suécia e em Braga, muito fracas. 

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    Rui Pedro Cipriano
    Rui Pedro Ciprianohttp://www.bolanarede.pt
    Nascido e criado no interior, na Covilhã, é estudante de Ciências da Comunicação, na Universidade da Beira Interior. É apaixonado pelo futebol, principalmente pelas ligas mais desconhecidas, onde ainda perdura a sua essência e paixão.                                                                                                                                                 O Rui escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.