Mais um recorde para Igor Akinfeev

    O actual número um do CSKA Moscovo e da Sbornaya vê assim o seu nome no topo do Lev Yashin Club, uma lista de guarda-redes soviéticos e russos que ultrapassaram a barreira dos 100 jogos sem sofrer golos na sua carreira, elaborada pelo jornalista Konstantin Yesenin. Dessa lista constam nomes históricos de uma antiga nação talhada para forjar grandes guarda-redes, como foi o caso da União Soviética. Rinat Dasaev, Lev Yashin, Viktor Chanov, Yehven Rudakov, Viktor Bannikov, Aleksandr Filimonov e Stanislav Cherchesov são apenas alguns dos nomes que compõe essa extensa lista, que conta ainda com uma mão cheia de guarda-redes que, tal como Akinfeev, ainda se encontram no activo.

    Akinfeev não tem tido uma relação fácil com a crítica, que teima em apontar com pompa e circunstância todos os seus deslizes, deixando os seus momentos de maior glória subtilmente escondidos por debaixo do tapete. As suas exibições menos conseguidas com a Sbornaya nos mais importantes torneios mundiais de selecções e o infeliz recorde na Liga dos Campeões com o CSKA Moscovo, que tende a aumentar a cada ano que passa, servem, de forma constante, para ofuscar, entre outras, as suas grandes exibições no Campeonato Europeu de Futebol de 2008 e aquela grande defesa em Kazan nos últimos minutos de jogo, que deu ao CSKA o título de campeão da Liga Russa na temporada passada.

    Akinfeev, um defensor de causas, envergou a braçadeira colorida contra a homofobia no futebol na encontro diante do FC Rubin no final de Novembro Fonte: twitter.com/mov_dark
    Akinfeev, um defensor de causas, envergou a braçadeira colorida contra a homofobia no futebol na encontro diante do FC Rubin no final de Novembro
    Fonte: twitter.com/mov_dark

    Numa época em que tanta importância se dá a números e estatísticas, por mais mesquinhas que sejam, o currículo de Igor Akinfeev fala por si e deveria servir em grande medida para resfriar o ímpeto daquelas vozes mais críticas. Seis Ligas Russas, seis Taças da Rússia, seis Supertaças Russas, uma Taça UEFA e um prémio para melhor guarda-redes jovem da Europa em 2008 são “números” mais do que suficientes para que se “tire o chapéu” a um atleta que defende as cores do mesmo clube desde 1991 e que teve a estreia como titular na baliza dos Armeitsy aos 17 anos de idade.

    Por muitos recordes que faça cair, Akinfeev irá sempre viver na “sombra” dos grandes guarda-redes soviéticos do passado, mas isso não lhe retira nem qualidade, nem o valor que realmente merece.

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    Joel Amorim
    Joel Amorimhttp://www.bolanarede.pt
    Foi talvez a camisola amarela do Rinat Dasaev que fez nascer, em Joel, a paixão pelo futebol russo e pelo Spartak Moscovo. O futebol do leste da Europa, a liga espanhola e o FC Porto são os tópicos sobre os quais mais gosta de escrever.                                                                                                                                                 O Joel não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.