Um começo amargo para Paulo Fonseca em Donetsk

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    Não começou da melhor forma a aventura de Paulo Fonseca por terras ucranianas. O antigo de treinador de SC Braga, FC Porto e FC Paços de Ferreira não conseguiu derrotar o outrora colosso europeu FC Dynamo Kyiv do português Antunes na final da décima terceira edição da Super Taça Ucraniana, caindo nas grandes penalidades após ter conseguido um empate a uma bola no final dos 90 minutos regulamentares.

    Uma noite quente na histórica cidade de Odessa e um relvado do Chornomorets Stadium em muito mau estado serviram de baptismo para Paulo Fonseca nesta sua, algo inesperada, demanda pelo futebol ucraniano, mas o jovem treinador português não guardará certamente as melhores memórias deste jogo diante o arqui-rival da capital. A equipa do FC Shakhtar Donetsk foi superior aos comandados por Serhiy Rebrov durante toda a partida, com particular incidência nos primeiros 45 minutos onde os “Mineiros” dispuseram de diversas oportunidades para vencer o jogo. Paulo Fonseca cortou literalmente com o passado e deixou de lado a filosofia, por vezes demasiado pragmática, de Mircea Lucescu, montando a sua equipa numa espécie de 4-4-1-1, com Taison no apoio a Eduardo na linha da frente.

    A linha de quatro do meio campo contava com o poderoso Stepanenko, incumbido de tarefas mais defensivas, e com o brasileiro Fred, um armador de jogo clássico, que esteve em especial destaque neste jogo, não só pelo golo que apontou, como também pela exibição de bitola elevada que realizou. O técnico português entregou as linhas aos brasileiros Bernard, tantas vezes relegado para segundo plano por Mircea Lucescu, e Marlos, que, apoiado pelo capitão Darijo Srna, causou muitos problemas a Antunes, o lateral esquerdo da formação de Kiev. Foi, no entanto, no sector defensivo, que Paulo Fonseca mexeu mais neste seu novo FC Shakhtar Donetsk, deixando de fora dos convocados, sem qualquer explicação plausível, Yaroslav Rakitskiy e relegando para a condição de suplente Oleksandr Kucher, outro dos habituais titulares com Lucescu.

    Os lendários capitães Darijo Srna e Oleksandr Shovkovskiy cumprimentam-se antes do apito inicial Fonte: telegraf.com.ua
    Os lendários capitães Darijo Srna e Oleksandr Shovkovskiy cumprimentam-se antes do apito inicial
    Fonte: telegraf.com.ua

    Para os seus lugares, o técnico português lançou dois internacionais ucranianos que contaram com poucas oportunidades nas épocas anteriores, Serhiy Kryvtsov, que fez a sua formação numa das melhores escolas de futebol do país, o FC Metalurh Zaporizhya, e Ivan Ordets, um central versátil de 24 anos, forjado na escolas da formação de Donetsk. Terá sido, porventura, uma aposta arriscada de Paulo Fonseca, no entanto e tal como foi possível verificar ao longo desta partida, o técnico português procura ter uma defesa mais móvel, não tão presa em termos de movimentos e com outra disposição na saída de bola, algo que com Kucher e Rakitskiy não era possível, dada a lentidão de ambos.

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    Joel Amorim
    Joel Amorimhttp://www.bolanarede.pt
    Foi talvez a camisola amarela do Rinat Dasaev que fez nascer, em Joel, a paixão pelo futebol russo e pelo Spartak Moscovo. O futebol do leste da Europa, a liga espanhola e o FC Porto são os tópicos sobre os quais mais gosta de escrever.                                                                                                                                                 O Joel não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.