A Seleção Nacional fechou o ano com uma vitória. Esperada, é certo, frente a um Luxemburgo que, embora demonstre sinais de evolução futebolística, continua a ser uma das equipas mais fracas do Velho Continente.
Fernando Santos apresentou uma revolução, com dez caras novas no onze. André André foi o único repetente em relação à partida de Krasnodar, com a Rússia, mas a equipa das quinas acabou por nem se ressentir disso.
Uma entrada forte em jogo ficou demonstrada através da velocidade imprimida no jogo por Rafa, Bernardo Silva e pela intensidade de Rúben Neves e André a meio-campo. A partir dos 20 minutos, a equipa começou a perder intensidade, mas recuperou-a depois do golo do médio do FC Porto, André (ele, novamente) que libertou a equipa. De referir que o golo surgiu de uma boa combinação entre Bernardo Silva e Vieirinha, com o último a cruzar para o remate de primeira fuzilar Joubert.
Num apanhado geral do primeiro tempo, pode-se dizer que a Seleção alternou uma boa entrada com algum desleixo, acabando em alta. O Luxemburgo chegou uma vez à grande área de Anthony Lopes, e Portugal fica a dever mais golos a Joubert. Nota positiva para André André e Rafa Silva. Lucas João mostrou vontade e boas movimentações mas é tecnicamente limitado.
Na segunda parte, o domínio português foi evidente, e não houve espaço para grandes veleidades. Portugal limitou-se a controlar e, apesar de boas iniciativas individuais e combinações esporádicas, acabou por apenas aumentar a vantagem em cima do apito final,por intermédio de Nani que, com um livre bem colocado, fixou o resultado final.
As substituições retiraram alguma fluidez ao jogo, como é natural, mas a qualidade portuguesa sobrepôs-se claramente à vontade do Luxemburgo. Um senão a apontar: para preparar uma competição exigente como será o Europeu do próximo ano, o nível dos adversários não pode estar enquadrado nos parâmetros de uma seleção como a luxemburguesa. Um aspeto a rever, para que estes jogos não sirvam apenas para evidenciar quem tem maior qualidade técnica e confirmar o óbvio, não permitindo consolidar processos de jogo que têm de existir, forçosamente.
A Figura:
Rafa Silva e André André – dois dos mais dinamizadores em campo e com maior vontade de mostrar serviço. Simples, eficazes e de olhos na baliza. André terá lugar garantido nos 23 para o Euro, mas Rafa será dor de cabeça, dando sequência ao bom momento no SC Braga.
O Fora-de-Jogo:
Lucas João – Uma escolha reticente, visto que estes jogos não dão para comprovar a verdadeira valia de cada indivíduo. Apesar de um início promissor, mostrou limitações técnicas e pouca desenvoltura em alguns momentos. Mas não é de descartar já.
Foto de Capa: Facebook ‘Seleções de Portugal’