Que jogos devo rever nesta Quarentena? A noite em que Ibra assustou… e Ronaldo respondeu

    19 de novembro de 2013. Suécia e Portugal disputavam uma vaga de apuramento para o Mundial 2014 e, entre o susto e a alegria, seriam os portugueses a seguir em frente. Um jogo que ficou, inevitavelmente, na História da seleção portuguesa, não só por carimbar o acesso a mais um Mundial, como também pelas circunstâncias em que tudo aconteceu. O nome em destaque não poderia ser outro: Cristiano Ronaldo.

    Quatro dias antes, Portugal vencera a Suécia por 1-0, com um golo do craque português na reta final do encontro a fazer explodir todo o Estádio da Luz. Um golo que daria uma vantagem importante para a segunda mão, ainda que contra uma seleção capaz de responder por cima. Mas o que é certo é que o célebre “Eu estou aqui” seria repetido mais vezes em solo sueco.

    Após uma primeira parte muito morna, com oportunidades para ambos os lados, o nulo não se desfez e seguir-se-ia um segundo tempo recheado de luta, suor, emoção… e até mesmo com duas reviravoltas num curto espaço de tempo. Uma segunda parte de muitos golos!

    Depois de muito ter tentado, Cristiano Ronaldo voltaria a bater Andreas Isaksson, logo após o regresso dos balneários. Um golo que obrigaria a seleção local a ter de marcar três para passar para a frente da eliminatória. Os minutos foram passando e a presença da armada lusitana no Brasil parecia cada vez mais certa, mas houve alguém a querer sobressair e mostrar que nada estava resolvido. Até porque, de facto, não estava…

    Sensivelmente a meio do segundo tempo, Zlatan Ibrahimovic saltou mais alto dentro da pequena área e atirou para o empate. O público acordou, a emoção regressou e, poucos minutos depois, na cobrança de um livre direto, o avançado (na altura a atuar pelo Paris Saint-Germain FC) tratou de dar esperança a todo o universo sueco, dando a cambalhota no marcador.

    Previam-se minutos finais de muita aflição para a seleção orientada por Paulo Bento. Minutos esses em que era fundamental saber defender para não conceder mais golos. Certo é que Portugal conseguiria muito mais do que isso, novamente por intermédio do suspeito do costume.

    Em lances praticamente iguais (assim como o do primeiro golo), a seleção lusa soube jogar em profundidade, aproveitar as fragilidades nas costas do setor defensivo contrário e, com isso, sentenciar qualquer dúvida que restasse.

    Cinco minutos após a reviravolta da equipa de Erik Hamrén, Cristiano Ronaldo apareceu para bisar na partida e, logo a seguir, assinar a reviravolta com mais um hat-trick na sua carreira. Quatro golos de Portugal na eliminatória, quatro golos de Cristiano Ronaldo, quatro célebres festejos “Eu estou aqui”.

    É quase impossível não recordar este 2-3 em Estocolmo como um dos jogos que mais fez vibrar (e de que maneira!) todos os portugueses. Pelo contexto, pela contra-reação e pelo que estava em jogo. Com toda a justiça, Portugal carimbaria a presença no Mundial 2014 a realizar-se no Brasil, embora o sucesso na competição, nesse ano, tenha ficado aquém do esperado.

    Artigo revisto por Mariana Plácido

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    Miguel Simões
    Miguel Simõeshttp://www.bolanarede.pt
    Já com uma licenciatura em Comunicação Social na bagagem, o Miguel é aluno do mestrado em Jornalismo e Comunicação, na Universidade de Coimbra. Apaixonado por futebol desde tenra idade, procura conciliar o melhor dos dois mundos: a escrita e o desporto.                                                                                                                                                 O Miguel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.