Bélgica 1-0 Portugal: Eficácia belga afasta seleção portuguesa do Euro 2020

    A CRÓNICA: UM REMATE À BALIZA, PASSAGEM AOS QUARTOS

    Jogo forte destes oitavos de final, com embate entre a Bélgica e a seleção de Portugal, no estádio Olímpico de La Cartuja, em Sevilha, Espanha. A Bélgica havia passado em primeiro lugar do grupo B, sem qualquer derrota, com nove pontos, sete golos marcados e apenas um sofrido. Portugal vinha de um empate com a campeã do mundo, acabou em terceiro do grupo F, com quatro pontos, também sete golos marcados, mas seis sofridos.

    Ambas as equipas começaram muito contidas, a não querer errar, focando-se sobretudo na posse de bola. Nos primeiros quinze minutos, foram os belgas que tiveram mais posse, com a seleção portuguesa a ter muitas dificuldades para ter bola e construir. Portugal começou a ter mais controlo do esférico e as jogadas começaram a aparecer na frente, no entanto, nunca levando o perigo à baliza belga.

    Aos 25 minutos, o primeiro lance perigoso da partida, através de um livre direto de Cristiano Ronaldo. O avançado da Juventus rematou forte, mas Courtois conseguiu socar com os punhos. O jogo estava muito tático, as equipas muito encaixadas, com o domínio a ir alternando entre as duas seleções.

    Thomas Meunier dava “ar de sua graça” com um remate de trivela aos 37 minutos, mas a bola a sair um pouco ao lado do poste direito de Rui Patrício. Aos 40 minutos, Renato Sanches pega na bola no meio-campo defensivo, passa por três jogadores belgas e liberta a bola na direita para Bernardo Silva, pura classe!

    Aos 42 minutos, Thorgan Hazard a vir da esquerda para dentro, com um remate de meia distância e a bola a ir ao encontro das redes da baliza portuguesa. Este que era o primeiro remate à baliza da Bélgica. O jogador do Dortmund aproveitava o espaço da melhor maneira, com o seu segundo golo no torneio, e colocava a seleção portuguesa em desvantagem ao intervalo.

    A primeira parte que até tinha sido equilibrada, mas sentia-se que alguns jogadores portugueses estavam muito “presos”, principalmente a ala direita. Renato Sanches era o elemento mais preponderante do lado português.

    Reinício da partida, com Portugal a entrar muito forte, com circulação de bola rápida e boas combinações. Fernando Santos mexia aos 55 minutos, com dupla alteração, com entradas de Bruno Fernandes e João Félix. Aos 58 minutos, boa triangulação de Ronaldo com Dalot, a bola a ir parar ao pé esquerdo de Jota, após passe do número sete português, mas o remate a fazer a bola subir um pouco por cima da baliza da Bélgica. Passados três minutos, era Félix que cabeceava em direção das redes de Courtois, mas o guardião estava atento e agarrou sem dificuldades. O avançado do Atlético de Madrid fazia a sua estreia no Europeu.

    Saía Diogo Jota para dar lugar a André Silva. Ronaldo passava a estar mais solto no lado esquerdo. Os últimos vinte minutos estavam a ser fervorosos, com várias bolas divididas e alguma confusão entre os jogadores, com os nervos à flor da pele. Aos 82 minutos, num canto batido por Bruno Fernandes, a bola a ir parar à cabeça do central Rúben Dias, para boa defesa de Courtois.

    Um minuto depois, Raphael Guerreiro aproveitava uma bola perdida à entrada da área, e a rematar de pé direito ao poste da baliza de Courtois. Portugal estava por cima, mas faltava o golo. André Silva e João Félix ainda tentaram, mas Courtois estava sempre lá. Todos os substitutos entraram bem no jogo e mexeram com a partida. Os belgas apostavam no contra-ataque, com Lukaku sempre a apresentar grande perigo na frente, mas os defesas portugueses anulavam bem as investidas do avançado possante. A seleção nacional tentou chegar ao empate, mas foi incapaz, aparecia sempre alguém a cortar o lance. O jogo chegou mesmo ao fim, após cinco minutos de compensação, com uma derrota para Portugal.

    A Bélgica foi a seleção mais eficaz e teve a pontinha de sorte do jogo. A segunda parte foi dominada pela equipa das Quinas, mas faltou a finalização. Jogo de sentido único na segunda metade, oportunidades não faltaram, mas a bola não entrou. Portugal perde com a seleção número um do ranking, apesar de ter jogado melhor e de se notar que estava perfeitamente ao alcance dos jogadores lusos, mas a bola de Thorgan Hazard entrou e levou selo de passagem aos quartos de final.

    A Bélgica irá defrontar a seleção italiana na próxima fase. Portugal abandona a competição de forma amarga e prematura, sendo que agora é garantido que já não irá haver renovação do título de campeão europeu.

     

    A FIGURA

    Thorgan Hazard- Foi dos elementos mais irreverentes da equipa belga, mas acima de tudo, num jogo de ineficácia, foi aquele que meteu uma bola dentro da baliza. O grande remate que efetuou na primeira parte valeu a passagem da seleção belga.

     

    O FORA DE JOGO

    Bernardo Silva- O extremo português esteve muito apagado, escondeu-se do jogo e a sua ala foi a menos trabalhada no primeiro tempo. Se no ataque não esteve bem, na defesa também faltou por algumas ocasiões. Neste europeu, Bernardo foi uma réplica de si mesmo.

     

    ANÁLISE TÁTICA – BÉLGICA

    Os belgas, comandados por Roberto Martínez, alinharam num 3-4-2-1. O selecionador espanhol também mexeu no onze inicial. Saíram Jason Denayer, Boyata, Trossard, Nacer Chadli e Jérémy Doku. Entradas dos titulares habituais, Meunier, Alderweireld, Vertonghen, Tielemans e Thorgan Hazard. O central Thomas Vermaelen e o extremo do Real Madrid Eden Hazard mantiveram-se no onze.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Thibaut Courtois (6)

    Meunier (7)

    Alderweireld (7)

    Vermaelen (6)

    Vertonghen (6)

    Axel Witsel (6)

    Kevin de Bruyne (6)

    Tielemans (6)

    Thorgan Hazard (8)

    Lukaku (7)

    Eden Hazard (c) (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Dries Mertens (5)

    Ferreira Carrasco (-)

    Dendoncker (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL

    A seleção portuguesa apresentou-se num 4-3-3. O selecionador português fez duas alterações no onze, relativamente ao último jogo contra a França, com entradas de Diogo Dalot e João Palhinha, para as saídas de Nélson Semedo e Danilo Pereira. Renato Sanches e João Moutinho também agarraram o lugar, depois de terem sido titulares no último jogo. William Carvalho, Rafa e Gonçalo Guedes foram os escolhidos para assistir o jogo a partir da bancada.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Rui Patrício (5)

    Diogo Dalot (6)

    Pepe (6)

    Ruben Dias (6)

    Raphael Guerreiro (6)

    João Palhinha (7)

    João Moutinho (6)

    Renato Sanches (8)

    Bernardo Silva (5)

    Cristiano Ronaldo (c) (6)

    Diogo Jota (6)

    SUBS UTILIZADOS

    João Félix (6)

    Bruno Fernandes (6)

    André Silva (5)

    Danilo Pereira (5)

    Sérgio Oliveira (5)

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    André Filipe Antunes
    André Filipe Antuneshttp://www.bolanarede.pt
    O André é licenciado em Marketing e Publicidade e um fã incondicional de ciclismo. Começou desde pequeno a ter uma paixão pelo desporto, através do futebol. Chegava a saber os plantéis de todas as equipas da Primeira Liga! Com o tempo, abriu-se o horizonte e o interesse para outros desportos, como o Ciclismo, o Futsal e, mais recentemente, a NBA. Diz que no Ciclismo existem valores e táticas que mais nenhum desporto possui e ambiciona um dia ter a oportunidade de assistir ao vivo a um evento deste calibre.