As seleções nacionais de Portugal e Escócia defrontaram-se num despido Hampden Park em Glasgow.
Depois da vitória moralizadora frente à Polónia a seleção portuguesa deslocou-se à Escócia para rodar a equipa e dar a oportunidade para Hélder Costa se estrear pela equipa principal de Portugal. O jogo não prometia muito, carácter amigável e pouco competitivo. O ambiente? O ambiente seguiu um pouco a tendência do jogo, estádio meio vazio e silencioso, algo estranho para um estádio britânico, mas que reflecte o atual estado da relação entre os escoceses e a sua equipa de futebol nacional. Eles que vieram de uma derrota por 2-1 frente a Israel.
Os primeiros 20 minutos foram um hino ao aborrecimento. Ambas as equipas iam-se aproximando muito timidamente das balizas. Notava-se claramente que este era um jogo particular. Provavelmente, por esta altura, as audiências na televisão já estavam a reduzir drasticamente.
Depois de 30 minutos a meio-gás a equipa portuguesa finalmente começou a acelerar um pouco o ritmo e a marcar a diferença, que existe, entre as duas selecções. Tal aceleração viria a culminar com um golo a fechar a primeira parte. Cruzamento de Kevin Rodrigues para o meio da área escocesa e o estreante Hélder Costa a aparecer para encostar a bola no fundo da baliza. Que estreia perfeita para o jovem português do Wolverhampton.
A segunda-parte não trouxe alterações nas duas equipas, mas trouxe uma alteração na tendência do jogo. A Escócia voltou para o relvado com vontade de tentar empatar o jogo.
Esse empate esteve muito perto de ocorrer por intermédio de Scott Mckenna. O jogador escocês a aparecer completamente sozinho na grande área para com um mergulho cabecear a bola, mas para fora. Lance de muito perigo.
Portugal conseguiu equilibrar e neutralizar a ameaça escocesa. O jogo passou a ter um ritmo mais lento, depois de um inicio que até prometia, fruto das paragens para as substituições e lesões.
No entanto, houve ainda tempo para ampliar a vantagem. E por intermédio de quem? Esse mesmo, o herói do Euro e regressado à equipa nacional, Éder. O avançado que joga no Lokomotiv de Moscovo a responder muito bem de cabeça ao livre executado por Renato Sanches e sem hipóteses para o guarda-redes escocês.
A equipa da Escócia, que já vinha numa espiral negativa, não reagiu muito bem ao segundo golo português e simplesmente resignando-se à partida.
Houve ainda tempo para Bruma ampliar a vantagem portuguesa com um grande golo. Um remate cruzado a fazer levantar os resistentes no Hampden Park. E do golo de honra da Escócia aos 93 minutos pelos pés de Naishmith. De assinalar também a estreia de Cláudio Ramos, do Clube Desportivo de Tondela, pela seleção nacional A.
O melhor deste jogo na Escócia? A Gaita de fole, que descobri, encaixa muito bem com o futebol.
Escócia: Gordon, O’Donnell, Hendry, Mckenna, Robertson, McGinn (Shinnie ’67), Forrest, Armstrong (Kevin McDonald ’77), McBurnie (Steven-Mackay ’77), Naismith e McGregor
Portugal: Beto( Cláudio Ramos ’86) , Cédric, Rúben Dias (Pedro Mendes ’56), Neto, Kevin Rodrigues; Danilo (William Carvalho ’90+1), Sérgio Oliveira (Renato Sanches ’56), Bruno Fernandes (Gedson Fernandes ’67); Bruma (Rafa Silva ’90+1), Hélder Costa e Éder