Inglaterra 1-0 Portugal: Coesos e seguros, mas sem cobrir golpes de Kung Fu

     PORTUGAL

    Fernando Santos manteve-se fiel ao figurino táctico e às dinâmicas usadas frente à Noruega, só alterou nomes (apenas João Mário e João Moutinho se mantiveram). A quem olhasse a larga distância, poderia pensar que a equipa se estava a ressentir desse factor. É que a circulação de bola era algo “pêrra”, fruto das dificuldades na criação de linhas de passe que, naturalmente, condicionavam a construção de jogo. Mas aí existiu mais mérito inglês, que soube atacar o “coração” da criatividade nacional com linhas subidas, lideradas por três carraças chamadas Jamie Vardy e Harry Kane.

    Era preciso ser paciente para contornar este condicionalismo, algo expectável numa equipa com vários jogadores experientes, porém, seria precisamente um deles a criar mais um revés – Bruno Alves não teve a tal paciência e atingiu Harry Kane com um autêntico golpe de Kung-Fu, sendo, justificadamente expulso pelo àrbitro da partida.

    Depois de sair da teia táctica, Portugal jogou de mãos atadas, e a produção ofensiva passou a depender do contra-golpe, estando André Gomes e Renato Sanches (entrados na segunda parte) em destaque nesse particular, com os repelões de que a equipa tanto carecia. Um deles foi mesmo consequente, com Ricardo Quaresma, servido por Renato Sanches a ficar pertíssimo de repetir o golo fantástico que assinou no Dragão, no passado domingo.

    A nível defensivo, a equipa esteve globalmente bem, mesmo sem um jogador. É certo que Fernando Santos abdicou de um dos homens da frente (Rafa) para manter a estrutura da retaguarda (entrou José Fonte), mas mesmo quando o caudal ofensivo inglês, a equipa não se ressentiu, não dando grande azo a situações de perigo dos ingleses.

    A única excepção aconteceu perto do final do jogo quando um defesa central inglês, Smalling entrou pela àrea a dentro, baralhando marcações e marcando o único golo da partida. Fernando Santos não se importou de arriscar, tirou Danilo e colocou Éder, numa substituição que quase dava frutos – ao bloquear o marcador directo de William, Éder, permitiu ao jogador do Sporting uma última situação de perigo, com um cabeceamento, em zona perigosa, por cima da baliza de Joe Hart.

    Notas dos jogadores:

    Rui Patrício: 5

    Vieirinha: 5

    Ricardo Carvalho: 6

    Bruno Alves: 1

    Eliseu: 6

    Danilo Pereira: 6

    Adrien: 5

    João Mário: 5

    João Moutinho: 5

    Rafa: 3

    Nani: 3

    Subs:

    José Fonte: 6

    André Gomes: 6

    Renato Sanches: 5

    William Carvalho: 4

    Ricardo Quaresma: 5

    Éder: 4

     Foto de capa: Facebook ‘Seleções de Portugal’

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