Portugal 7-0 Andorra: Goleada em noite de estreias a jogar e a marcar

    A CRÓNICA: DE PREPARAÇÃO ISTO NÃO TEM NADA… FOI UM JOGO DE SENTIDO ÚNICO

    É certo e sabido que o metro quadrado em Lisboa está muito caro, mas não se sabia era que havia tantas pessoas em tão poucos existentes em pleno Estádio da Luz. Apesar de ser ilegal atualmente em Portugal devido às questões ligadas à pandemia, ainda assim houve quem soubesse aproveitar este aglomerado de jogadores. Acompanha-me!

    Foi, aos oito minutos, que se iniciou uma grande jogada em Nelson Semedo, chegou a Paulinho, passando por Sérgio Oliveira, tocou no pé de Pedro Neto e terminou no fundo da baliza. Em noite de estreia, o menino do Wolverhampton Wanderers FC vestia a camisola das Quinas pela primeira vez e ainda fez o seu primeiro golo como internacional A. Um a zero e segue jogo.

    Tanto se pediu tanto se pediu que vimos o nome de Paulinho tanto na boca de Fernando Santos como na lista de marcadores. O segundo da partida e era mais um a estrear a jogar e a marcar com a tão bela camisola de Portugal. De ressalvar, o bom cruzamento do Nelson Semedo e a finalização oportunista do atacante do SC Braga.

    Do intervalo, a tendência do jogo voltou a ser o mesmo da primeira parte e houve a entrada de Bernardo Silva e Cristiano Ronaldo, que fez logo a diferença. O capitão da seleção destruiu a defensiva de Andorra e a bola chegou devagarinho ao pé de Renato Sanches que fez o 3-0. Não foi preciso esperar muito para ver o bis de Paulinho (4-0), que, após o cruzamento de Mário Rui, respondeu bem com um cabeceamento.

    A contagem aumentou de quatro para cinco e os contornos de goleada voltavam-se a ver num confronto entre portugueses e andorranos. Emil Garcia enganou-se na baliza para a qual marca e acabou por introduzir a bola na baliza de Josep Gomes (5-0). Tanto tentou, tanto falhou, tanto quis e conseguiu. Cristiano Ronaldo tinha mesmo de voltar aos jogos da seleção para marcar e assim o fez (6-0). João Félix também deixou o seu nome com um bom golo de primeira e para deixar o placar final em 7-0.

    Este foi aquele típico jogo entre amigos em que uma equipa já tem a engrenagem oleada, mas a outra têm barriguinha e não têm o ritmo nem para fazer um sprint. Portugal goleia, foi melhor equipa e, sinceramente, a única equipa que esteve em campo. Porém, os pupilos de Fernando Santos têm é de estar já de olhos postos no jogo mais importante contra a França, para a Liga das Nações, que, certamente, quererá vencer para marcar presença na final four da competição.

     

    A FIGURA

    Renato Sanches – Será um pouco ingrato escolher apenas um, mas Renato Sanches teve um jogo sólido, onde marcou um golo e ajudou muito o meio campo português (e bem que podia estar aqui também João Moutinho). Mostra-se um jogador novo desde que em França aterrou para jogar no LOSC Lille. Dá aqui um bom cartão de visita para Fernando Santos e também grande complicação em quem pode apostar já no meio-campo.

    Destacar também a exibição de Paulinho, de Pedro Neto, de João Moutinho e de João Félix, que vem com a pica toda do Club Atlético de Madrid. (Hoje, deixo ao vosso critério e deixo que escolhem também o vosso próprio melhor em campo!)

     

    O FORA DE JOGO

    Andorra – Era muito provável que fosse este o grande ausente do jogo. Só não esteve totalmente ausente a seleção andorrana porque tinham de estar no relvado por, pelo menos, 90 minutos e alguns minutos de desconto. É um adversário que não está ainda ao nível de qualquer seleção nacional na Europa e tenho dúvidas do que possa fazer até com as mais fracas ao longo do Mundo. Quem sabe se uma aposta mais forte na formação e nos clubes do principado possa aumentar as possibilidades de ser mais competitiva a nível internacional.

     

    ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL

    Fernando Santos para este jogo de preparação apresentou um 4-3-3 como esquema tático e promoveu três estreias na seleção A: Domingos Duarte, Pedro Neto e Paulinho. Com um jogo mais calmo, em comparação àquele que terá frente à França, o selecionador mexeu na equipa toda em relação àquele que foi o 11 inicial do último jogo oficial frente à Suécia. É facto é que nestes jogos tem de se experimentar e deixar que os jogadores mais “verdinhos” mostrem que também eles têm qualidade.

    Moutinho era o médio que mais ajudava na construção do jogo português, a bola passava sempre pelo médio e depois com Sérgio Oliveira e Renato Sanches na ajuda mais à frente. Dos laterais, sempre muito subidos, era aproveitada a sua velocidade para que se virassem o jogo rapidamente e também as combinações entre extremo e lateral. O trio de ataque com os jovens Trincão e Pedro Neto e, finalmente, com um ponta de lança pronto para fazer esquecer o “fantasma” do falso nove.

    A segunda parte trouxe muitas alterações mais a ideia manteve-se a mesma e aquilo que trocou foi apenas a questão de ter Cristiano Ronaldo como avançado, que não é de todo a seu habitat natural.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Anthony Lopes (5)

    Mário Rui (7)

    Ruben Semedo (5)

    Domingos Duarte (5)

    Nelson Semedo (7)

    Sérgio Oliveira (7)

    João Moutinho (8)

    Renato Sanches (8)

    Pedro Neto (7)

    Francisco Trincão (6)

    Paulinho (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Cristiano Ronaldo (6)

    Bernardo Silva (7)

    William Carvalho (6)

    João Félix (7)

    Diogo Jota (6)

    Danilo Pereira (6)

     

    ANÁLISE TÁTICA – ANDORRA

    Uma equipa muito mais fraca e que pouca ou nenhuma preparação oferece à seleção das quinas, a equipa que viajou do pequeno território de Andorra apresentou-se num 5-3-2. Uma clara intenção de querer ficar fechada no seu cantinho quase como se apenas estivesse a rodear os seus 468 km quadrados que constituem este principado. Houve momentos em que a seleção de Andorra acabava por ficar mesmo em 5-4-1.

    Defensivamente era algo que já se esperava a jogar muito perto da sua área e à espera de um erro de Portugal. O problema nesta última afirmação que proferi é que acho que nem disso os andorranos esperavam… A nível ofensivo a desorganização era tanta que não será possível de descrever qualquer tipo de tática que haja, mas as bolas paradas certamente foram o aspeto do jogo que os andorranos queriam apostar.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Josep Gomes (4)

    Jordi Rubio (4)

    Adrià Rodrigues (4)

    Emili Garcia (3)

    Marc Rebés (4)

    Marc Garcia (4)

    Marc Pujol (5)

    Cristian Martínez (5)

    Joan Cervós (5)

    Aaron Sánchez (4)

    Marcio Vieira (4)

    SUBS UTILIZADOS

    Moisés San Nicolás (4)

    Jordi Aláez (4)

    Albert Alavedra (4)

    Alex Martinez (-)

    Ludovic Clemente (-)

    Sergi Moreno (-)

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    João Pedro Barbosa
    João Pedro Barbosahttp://www.bolanarede.pt
    É aluno de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, tem 20 anos e é de Queluz. É um apaixonado pelo desporto. Praticou futebol, futsal e atletismo, mas sem grande sucesso. Prefere apreciar o desporto do lado de fora. O seu sonho é conciliar as duas coisas de que gosta, a escrita e o desporto.