Bélgica 1-3 País de Gales: Cuidado, Portugal!

    PAÍS DE GALES

    A formação britânica pareceu intimidada com a vontade demonstrada, de início, pelos diabos vermelhos e reagiu com… Agressividade. Em meia hora, três jogadores foram amarelados, dois dos quais centrais. E Gunter, ala direito. Valeu o facto de a equipa ter conseguido sossegar as intenções contrárias com bom posicionamento estratégico e, claro, vontade própria, que resultou em situações de perigo (Bale, por duas vezes, arrancou desde o seu meio-campo até à área contrária para tentar a sua sorte e Taylor obrigou Cortouis a defesa apertada) e… No golo do empate (31 minutos). Num canto estudado (atenção, Fernando Santos!), a formação de Chris Coleman saiu premiada pela ousadia. Depois de se ter juntado a uma espécie de “fila indiana” formada por jogadores galeses, a qual se dispersou no momento em que Ramsey meteu o pé na bola, baralhando marcações, Williams encontrou a trajectória da bola, cabeceando vitoriosamente.

    Robson-Kanu marcou um dos golos do País de Gales Fonte: UEFA
    Robson-Kanu marcou um dos golos do País de Gales
    Fonte: UEFA

    Um golo que serviu de tónico e que colocou Gales por cima do jogo até ao intervalo. No regresso das cabinas, a equipa galesa voltou a demonstrar personalidade e um rigor táctico assinalável, com Joe Allen a servir de comandante das operações de um meio-campo que impôs leis em Lille. Essa performance táctica esteve na base do equilíbrio da equipa, que lhe conferia margem para atacar sem correr riscos, nem que, para tal, tivesse de recorrer a bolas longas: uma delas, aliás, esteve na génese do golo da reviravolta – Bale lança Ramsey em profundidade, o jogador do Arsenal recebe com mestria, passa para Robson-Kanu, que, num movimento pleno de intenção e instinto matador, tira três adversários do caminho e visa, com sucesso, as redes defendidas por Courtois.

    2-1 a seu favor, superioridade no meio-campo, 35 minutos por disputar contra um adversário que ia sendo inoperante. O povo acreditava. A porta de acesso ao sonho das meias-finais estava entreaberta, abrindo-se à medida que o tempo passava. Escancarou-se com o golpe de cabeça de Vokes. Sublime, o avançado do Burnley fugiu da marcação para corresponder da melhor maneira a um cruzamento de Gunter, selando uma vitória sem contestação. Da voluntarismo, da raça, da crença.

    Classificação dos jogadores:

    Hennessey – 6

    Davies –  6

    Ashley Williams – 8

    Chester – 7

    Gunter – 7

    Joe Alen – 8

    Ledley – 7

    Ramsey – 8

    Taylor – 7

    Bale – 7

    Robson-Kanu – 7

    King – 5

    Vokes – 6

    Collins – Sem tempo

     

    Foto de Capa: UEFA

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