O fim do reinado que marcou uma era

    O treinador mais vitorioso em Espanha, Campeão do Mundo em 2010, Campeão Europeu em 2012  Fonte: UEFA EURO
    O treinador mais vitorioso em Espanha, Campeão do Mundo em 2010, Campeão Europeu em 2012
    Fonte: UEFA EURO

    Porém, todas as grandes eras terminam. A de Del Bosque e da seleção espanhola não foi exceção. Após a conquista de três grandes competições internacionais seguidas (Euro’2008, ainda com Aragonés como treinador, Mundial 2010 e Euro’2012, ambos já com Del Bosque), la roja vacilou e caiu de forma drástica no Brasil, em 2014. Nesse Campeonato do Mundo, a Espanha não foi além da fase de grupos, situação que causou choque e surpresa no mundo do desporto-rei. No Europeu que agora decorre, mais uma desilusão por parte da seleção espanhola, que foi eliminada nos oitavos de final da competição, sem conseguir chegar a produzir e demonstrar um futebol de qualidade.

    Com um impressionante registo de 87 vitórias, dez empates e 17 derrotas em 114 jogos, Vicente Del Bosque deixa o cargo de selecionador, com o estatuto de treinador mais vitorioso em Espanha. Ainda assim, e em reconhecimento da sua contribuição para o futebol espanhol, Del Bosque irá ocupar um novo cargo na Federação Espanhola de Futebol.

    O que se segue, então, agora para a seleção espanhola? Quem deverá suceder a Del Bosque? São alguns os nomes apontados como possíveis futuros selecionadores da Espanha, entre os quais o antigo treinador do FC Porto, Julen Lopetegui, Paco Jémez, sendo que aquele que tem sido maioritariamente evidenciado é o de Joaquín Caparrós. Um fator que aparenta ser determinante na escolha é a nacionalidade do treinador, pois Ángel María Villar, Presidente da Federação Espanhola de Futebol, já afirmou que prefere um selecionador espanhol.

    Sem certezas no que concerne ao selecionador, está bem patente que o escolhido tem de proceder a algumas alterações estruturais na turma espanhola, de forma a mudar o paradigma mais recente do futebol desta seleção, com o intuito de recolocá-la no topo do futebol mundial, onde, de facto, pertence. Algumas dessas mudanças devem passar pelo surgimento de forma mais regular no onze base de talentos emergentes que podem dar outra dimensão ao futebol de la roja, casos de Thiago Alcântara e Koke, que têm estado um pouco na “sombra” de outros jogadores, mas que serão primordiais para uma reestruturação de uma seleção que desiludiu nas últimas duas grandes competições em que esteve presente.

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    Fernando Gamito
    Fernando Gamitohttp://www.bolanarede.pt
    O Fernando Gamito é um estudante de comunicação e apaixonado pelo futebol, seja a praticar ou a discuti-lo fora das “quatro linhas”, o que o faz apostar num futuro no jornalismo. Ler jornais desportivos e jogar Football Manager são outras das suas principais preferências. Em Portugal, o seu coração bate pelo Sport Lisboa e Benfica. Lá fora, torce por Barcelona e Chelsea.                                                                                                                                                 O Fernando escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.