República da Irlanda 1-1 Suécia: Clark, o agente infiltrado

    REPÚBLICA DA IRLANDA

    Fonte: UEFA
    Fonte: UEFA

    O estilo brigão está lá, como se o campo fosse um bar irlandês e alguém desafiasse o orgulho ou a sexualidade de qualquer dos intervenientes. Não há “comentário” (bola) que passe impune e que não seja refutado (disputada) até não ser mais possível. É a garra irlandesa em todo o seu esplendor.

    A aposta na bola longa, como é característico em equipas foi uma evidência ao longo de toda a primeira parte, mas nem por isso foi suficiente para desmontar a defesa contrária.

    Não dava de uma maneira, apostava-se noutra, e foi através de tiros de meia-distância que a Irlanda causou perigo, como que comprovando o seu ascendente- Hendrick atirou ao lado aos 10, um remate de Clark teve o mesmo destino aos 17, o de Brady passou a rasar a barra aos 29 e, três minutos depois, Hendrick, novamente, afinou demais a pontaria, com a bola a embater na barra da baliza sueca.

    A mesma vontade foi transplantada da primeira para a segunda parte, e a Irlanda entrou com tudo para cima dos suecos, desta vez materializando em golos a sua atitude – Hoolahan, no coração da área responde da melhor maneira ao cruzamento de Sheamus Coleman.

    A partir daqui, a Irlanda teve de ser voluntariosa e procurou condicionar a circulação de bola à Suécia, porém, à medida que ia mostrando “medo”, ia dando esperança aos nórdicos e isso revelou-se fatal, com o golo a surgir mesmo, embora fosse Clark a introduzir a bola na própria baliza.

    Depois disto, O’Neil foi corajoso e tirou o autor do golo para fazer entrar Roy Keane e ainda tirou McCarthy para fazer entrar McGeady, primeiro dotando o ataque de mais uma referência, e depois, dando-lhe frescura e largura, desguarnecendo um pouco a zona defensiva. Algo que não teve o resultado desejado, embora também não tenha apanhado nenhum dissabor.

    A atitude de O’Neill ilustrou bem a forma de estar desta República de Irlanda – deu tudo pelos três pontos, mas jogou mais com o coração do que com a cabeça. O empate justifica-se, pois.

    Notas aos jogadores:

    Randolph – 5

    Coleman – 6

    O’Shea – 6

    Clark – 3

    Brady – 5

    McCarthy – 5

    Whelan – 5

    Hendrick – 6

    Hoolahan – 6

    Long – 6

    Walters – 6

    McClean – 4

    Robbie Keane – 5

    McGeady – 4

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