O TREINADOR
Chris Coleman é um seleccionador pouco óbvio. De resto, nunca teve feitos de grande relevo pelos clubes por onde passou; bem pelo contrário, conseguiu ser demitido (ou demitir-se – como no caso da Real Sociedad) de todos os projectos em que se envolveu.
Mereceu, porém, com alguma surpresa, a confiança da federação do seu país – provavelmente, muito pelo que representou como jogador. Após um péssimo início, que chegou a suscitar dúvidas sobre esta opção, meteu mãos à obra, alterando a estratégia de forma a potenciar os seus melhores jogadores – nomeadamente Aaron Ramsey e Gareth Bale. Alterou a táctica e selou um compromisso com um grupo unido e fechado, conquistando a confiança dos seus jogadores.
A sua costela britânica não lhe permitiu fugir às polémicas em Espanha, aquando ao serviço da Real Sociedad, em 2007, ao recorrer a uma falsa desculpa depois de um atraso de 90 minutos para uma conferência de imprensa: afirmou que o atraso se devia a uma avaria na sua máquina de lavar, que lhe tinha inundado o apartamento, mas, mais tarde, vieram a público notícias sobre a sua presença num clube nocturno até altas horas da madrugada – admitiu o erro, mas não acabou a época.