TURQUIA
Desde cedo se percebeu que a estrutura de Fatih Terim estava montada na aposta do erro. O treinador turco colocou Inan muito junto aos centrais, e com Ozyakup e Tufan, os outros elementos do meio-campo, bem perto dos laterais de forma a condicionar o jogo adversário e o seu pendor ofensivo para depois procurar as referências Calhanoglou e Ardan Turan. O problema é que, por muito talento que tenham, estes dois génios não são propriamente velocistas, e quando a bola lhes chegava ao pé, tinham os acessos à área prontamente cortados pelo facto de o apoio, a que tanto estão habituados nos cubes, não surgir.
Assim, a estratégia ofensiva da Turquia era facilmente rebatida e os seus pontos fortes não eram devidamente explorados, não sendo de espantar o facto de o ataque ter estado inoperante no conjunto otomano, que se refugiava na garra e vontade para tentar levar as suas intenções avante, mas essas foram insuficientes para contrariar as próprias limitações (reforçadas pela própria estratégia).
Depois do golo croata, mandava o orgulho que se esticasse mais o jogo e que a equipa se descompactasse. Algo que até aconteceu, mas sem os efeitos práticos desejados – o lance mais perigoso da segunda parte foi um remate, no coração da àrea e de primeira, de Volkan Sen, que nem à baliza chegou, por ter sido interceptado por Yilmaz.
A equipa acabou por correr riscos, mas não tirou proveito nenhum. Pelas suas limitações. Porque é só isto: garra e vontade.
No final do jogo, em desespero, tentou o jogo directo, e até poderia, eventualmente, conseguir o empate no final do jogo, mas Fatih Terim teria que ponderar muito bem o que quer fazer desta equipa, tamanha a sorte que teve em não sair goleada!
Notas aos jogadores:
Babacan – 5
Gonul – 5
Topal – 4
Balta – 4
Erkin – 4
Tufan – 5
Inan – 5
Ozyakup – 4
Calhanoglu – 4
Turan – 5
Tosun – 3
Volkan Sen – 5
Yilmaz – 3
Emre Mor – 4