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O RESCALDO
No encontro que decidia o primeiro lugar do grupo B, a Holanda bateu o Chile por 2-0 e conseguiu o pleno de vitórias. Longe de encantar, a selecção de Van Gaal fez uma exibição bastante pragmática, aproveitando o facto de um empate lhe bastar para terminar à frente dos sul-americanos. O conjunto de Sampaoli estava obrigado a ir à procura do marcador e assim o fez, mas na recta final acusou o desgaste e, em princípio, tem encontro marcado com o Brasil nos oitavos-de-final (à semelhança do que aconteceu em 1998 e em 2010).
Durante o primeiro tempo o encontro teve poucos lances de golo, com a Holanda pouco interessada em atacar. Van Gaal apresentou um bloco baixo, colocando Kuyt quase como um segundo lateral e entregando a iniciativa de jogo aos chilenos. Jogando no sistema habitual de três centrais, a turma de Sampaoli teve muita posse de bola mas pouca capacidade de penetrar na defensiva adversária. Só quando Mena subia pelo flanco esquerdo e quando Alexis tentava desequilibrar individualmente (exagerando, por vezes) é que os sul-americanos conseguiam incomodar os europeus, que também só criavam perigo através das arrancadas de Robben.
Na segunda parte, a Holanda estendeu-se um pouco no terreno, mas manteve a consistência defensiva. As mexidas de Sampaoli – lançou Beausejour para o lado esquerdo, de onde saíram os melhores lances na primeira parte, e colocou Alexis mais descaído para a direita – não tiveram grande sucesso, apesar de o jogador do Barça ter estado bastante activo. Se as mexidas de Sampaoli não deram resultado, o mesmo não se pode dizer das alterações de Van Gaal. O técnico holandês lançou Fer e Depay e os dois suplentes marcariam os golos da vitória. O médio respondeu da melhor maneira a um cruzamento de Janmaat na sequência de uma bola parada, e o extremo/avançado do PSV voltou a ser uma espécie de arma secreta. Depois de ter marcado um golo no encontro com a Austrália, Depay acrescentou velocidade e facilidade de remate ao ataque holandês e juntou mais um golo à conta pessoal, desviando um cruzamento de Robben.
A Figura:
Arjen Robben – Está em grande forma e, com Van Persie castigado, o ataque holandês viveu exclusivamente daquilo que o extremo conseguiu fazer. A sua velocidade voltou a fazer estragos e terminou o encontro com uma excelente assistência. Para já, está a ser uma das figuras do Mundial.
O Fora-de-Jogo:
Georginio Wijnaldum – Assim se vê a falta que Strootman faz. A troca de De Guzman (claramente o elo mais fraco nos encontros anteriores) pelo jogador do PSV não acrescentou nada ao meio campo holandês. É certo que a postura da equipa não o beneficiou – é um jogador de características mais ofensivas –, mas passou completamente ao lado do jogo e deve regressar ao banco na próxima partida.