Revista do Mundial 2018 – Bélgica

    Quão alto pode sonhar?

    Fonte: FIFA

    A Premier League é considerada por muitos o melhor e mais competitivo campeonato do mundo e é lá que habitam algumas das maiores estrelas do futebol. Numa rápida análise é fácil constatar que praticamente todas as equipas de topo da Premier League têm um denominador comum. Todas elas têm jogadores belgas nos seus plantéis, em muitos casos sendo eles as principais estrelas da equipa.

    Chelsea (Thibaut Courtois e Eden Hazard), Manchester City (Vincent Kompany e Kevin De Bruyne), Manchester United (Marouane Fellainni e Romelu Lukaku), Tottenham (Jan Vertonghen, Toby Alderweireld e Moussa Dembelé) e Liverpool (Simon Mignolet), em muito têm beneficiado do contingente belga presente em terras de sua majestade nos últimos anos.

    Mas não é apenas na Premier League que os jogadores belgas têm dado provas.

    Paris Saint-Germain (Thomas Meunier), Roma (Radja Nainggolan), Borussia Dortmund (Michy Batshuayi), Napoles (Dries Mertens), Monaco (Youri Tielemans) e Barcelona (Thomas Vermaelen), todos eles habituais presenças nas fases mais avançadas das grandes provas, também contam com jogadores belgas nos seus planteis.

    Numa “segunda linha” do futebol europeu a realidade não é muito diferente. Lazio (Jordan Lukaku), Olympiakos (Kevin Mirallas) ou Wolfsburg (Divock Origi e Koen Casteels) são apenas algumas das equipas que beneficiam da qualidade dos jogadores oriundos da Bélgica.

    Até os novos-ricos do campeonato chinês se renderam à qualidade dos belgas e já contam com a presença de jogadores como Yannick Ferreira-Carrasco ou o ex-Benfica, Axel Witsel.

    Com um elenco desta qualidade ao seu dispor, a maior dificuldade de Roberto Martinez será escolher quais destes jogadores terão de ficar de fora da comitiva que viajará para a Rússia.

    A nível individual, poucas são as seleções que se podem gabar de ter um grupo de jogadores tão extenso e com tanta qualidade pelo que, a esse nível, não será descabido pensar que a seleção belga tem qualidade para bater qualquer adversário e pode, inclusivamente, sonhar com um título de campeã mundial.

    Estando incluída no Grupo G, onde terá pela frente Inglaterra, Panamá e Tunísia, seria surpreendente se os Red Devils não se apurassem para as fases a eliminar. A partir daí, as suas aspirações dependerão sempre dos adversários que tiverem pelo caminho e, acima de tudo, da capacidade de transformar toda esta qualidade individual num coletivo coeso e competente.

    Este será o fator mais preponderante da campanha da seleção belga, sendo em simultâneo uma das principais preocupações dos adeptos daquele país. A Bélgica é apontada como candidata a vencer algo importante há alguns anos e até ao momento as campanhas desta geração de ouro do futebol belga não têm sido fabulosas. Depois de 12 anos de ausência de fases finais de uma grande competição, tanto no Mundial 2014 como no Euro 2016, os belgas caíram nos Quartos-de-Final, derrotados por Argentina (1-0) e País de Gales (3-1), respetivamente.

    A grande maioria dos jogadores que irá compor a comitiva belga na Rússia está neste momento no auge da sua carreira, pelo que não querem desperdiçar a oportunidade de fazer história pelo seu país. Muitos deles podem inclusivamente disputar na Rússia o seu ultimo Mundial. Jogadores como Thomas Vermaelen, Vincent Kompany, Jan Vertonghen, Moussa Dembélé ou Dries Mertens terão mais de 35 anos em 2018 e até Thibaut Courtois, Kevin De Bruyne, Marouane Fellaini, Eden Hazard ou Radja Nainggolan já terão passado a barreira dos 30.

    Foto de capa: FIFA

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    Diogo Reganha
    Diogo Reganhahttp://www.bolanarede.pt
    Presença assídua nos jogos de futebol do clube da sua terra (Lourinhanense) e do clube do seu coração (Benfica), o Diogo é um fã de desporto em geral. Defensor de discussões construtivas em que o resultado final seja todos os envolvidos aumentarem os seus conhecimentos sobre o tema abordado, sem que existam ofensas ou discriminações por qualquer tipo de opinião.                                                                                                                                                 O Diogo não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.