O TREINADOR
Muitos lhe chamam “O Engenheiro”, mas uma etiqueta mais justa para Fernando Santos seria “O Cozinheiro”: isto porque, desde os seus tempos a treinar a Seleção da Grécia, aprendeu a fazer omeletes sem ovos. No mundial de 2014, levou os gregos, que tinham uma equipa no máximo mediana, aos oitavos de final pela primeira vez na história do país; em 2016, com a seleção portuguesa… bem, como já antes se disse, pouco mais pode ser acrescentado a essa discussão. Para resumir, levou uma equipa que, apesar da sua inegável qualidade, estava longe do brilhantismo da Geração de Ouro ao primeiro troféu internacional de séniores da sua história.
Fernando Santos é um treinador pragmático, sabe reconhecer as fragilidades das equipas que treina e consegue ajustar-se às mesmas. Sob a sua alçada, nem sempre há a garantia de um futebol bonito, mas haverá sempre a garantia de organização e disciplina.
Provavelmente irá apostar num 4-4-2, tal como fez no Mundial, com André Silva e Cristiano Ronaldo como atacantes.
Irá confiar na qualidade técnica destes dois e na de Bernardo Silva (que provavelmente jogará nas alas), aliada a uma forte coesão defensiva que terá William Carvalho como pilar no meio campo.
Desta vez, até se poderá dizer que Fernando Santos terá mais ovos; agora resta ver o que fará com eles.