O PONTO FRACO
A falta de um ponta de lança é um problema crónico do nosso país, principalmente desde a década de 90. Deixou de haver Manuel Fernandes, Jordão, Fernando Gomes, como já tinha existido José Torres, Eusébio, Peyroteo ou José Águas. Nas últimas décadas, as convocatórias da seleção para os grandes certames internacionais tiveram jogadores mais ou menos “unânimes”, como Pauleta, Nuno Gomes ou até Hélder Postiga, mas também tivemos “tesourinhos deprimentes” como Hugo Almeida ou Éder. Este último foi o ponta de lança convocado pelo nosso selecionador. Na minha opinião, teria, no mínimo, André Silva, Hélder Postiga, Hugo Vieira, Lucas João ou Bruno Moreira à sua frente. Éder tem problemas na finalização, o que é grave para um avançado; a sua qualidade técnica é diminuta e o seu contributo para o jogo da equipa é fraco. Vai ser suplente, mas o sentimento dos portugueses quando o virem entrar em campo não será de grande esperança. Portugal não tem muitas soluções de ataque e será uma verdadeira tragédia caso Ronaldo tenha algum impedimento em algum jogo. Se olharmos para os jogos da fase de apuramento, todas as vitórias foram pela margem mínima. Isto demonstra que Fernando Santos prefere muito mais a segurança e a tranquilidade no seu estilo de jogo, mas também é claro quanto à debilidade das nossas opções ofensivas “de banco”.