Esta situação tem-se começado a aplicar nas nossas selecções jovens. Começou no mundial de sub-20 no ano passado disputado na Coreia do Sul, onde o seleccionador Emílio Peixe convocou vários atletas com 18 anos, tais como Diogo Costa, Luís Maximiano, Diogo Dalot, Florentino Luís, Gedson Fernandes, Miguel Luís e José Gomes. No final, seríamos eliminados nos quartos-de-final pelo Uruguai, no desempate por grandes penalidades.
Mas esta política está a ficar mais patente neste Europeu de sub-19 deste ano, em que vários dos melhores atletas da geração de 99 ficaram de fica: Diogo Dalot, Diogo Leite, Gedson Fernandes, João Félix, Rafael Leão… Estes são atletas que já trabalharam com as equipas principais dos seus clubes e a maioria deles já são internacionais sub-21. A estes atletas podemos ainda juntar o médio David Tavares que, após ter brilhado na fase final do campeonato de juniores, representou a selecção de sub-20 no Torneio de Toulon e integrou os treinos da equipa principal do Benfica, mas uma grave lesão arredou-o dos dois cenários (Europeu de sub-19 e pré-temporada com a equipa principal).
Ao verificar isto na nossa selecção de sub-19, fica-me na retina a selecção alemã do ano passado, que conquistou a Taça das Confederações com uma equipa repleta de jogadores da selecção de sub-21, e a sagrar-se campeã europeia de sub-21 com uma equipa secundária, que teve ali a sua oportunidade para se mostrar.
Ora, o que esta situação nas camadas jovens da selecção nacional significa? Significa que está a ser dado mais um passo na evolução do futebol jovem em Portugal e, mais importante que isso, é um passo dado no sentido do futebol português vir a ter um maior leque de opções em qualidade e em quantidade. Os nossos jovens precisam de oportunidades para brilhar!
Foto de Capa: Selecções de Portugal
Artigo revisto por: Rita Asseiceiro