A Rússia, o país, parece estar preparado para receber o Mundial
A Taça das Confederações é uma competição que, supostamente, elege os campeões dos campeões. Deveria, portanto, assumir um grau de importância enorme, mas tal não acontece – e a Alemanha, com a equipa que levou, é a prova maior disso.
Porquê? Porque se joga antes do Mundial, e é, muitas vezes, precedida de outras competições de clubes. Ou seja, é uma sobrecarga no calendário futebolístico que pode acabar por ter consequências nos rendimentos nos clubes.
Depois, a origem. A Taça das Confederações nasceu de um desejo antigo da Arábia Saudita em conseguir organizar um grande torneio internacional com a participação das melhores seleções de todo o mundo, numa homenagem ao rei Fahd. Ou seja, não foi sempre organizada pela FIFA.
Tudo isto desvaloriza o torneio que, com tempo, acabou por ganhar um objetivo intrínseco: testar a capacidade de um país que vai receber o Mundial no ano seguinte.
E foi isso que aconteceu, essencialmente, durante estas duas semanas na Rússia: um teste.
Segundo o que se sabe, e apesar de todos os medos, sobretudo em matéria de segurança, a organização do torneio acabou por ser um sucesso.
A Rússia, a seleção, não demonstrou qualidade suficiente para prever que faça um bom Campeonato do Mundo em sua casa
No grupo A e na posição de anfitrião, a seleção russa não conseguiu somar mais do que três pontos em três partidas (1V2D0E) na Taça das Confederações.
A incapacidade em prosseguir para além da fase de grupos terá sido uma desilusão para os adeptos da casa que sonhavam, certamente, em ver a sua Rússia a dar ao mundo uma pequena demonstração daquilo que poderá vir a fazer em 2018. Infelizmente, assistiu-se a uma equipa fraca, sem grandes talentos e sem ideias, que se fez difícil (quando fez) só e unicamente pelo sangue quente que corre nas veias dos seus atletas.
Para estar ao melhor nível no próximo ano e fazer um ‘brilharete’ caseiro, a Rússia terá de trabalhar muito mais, ou pode-se habilitar a sofrer uma vergonha diante do seu povo.