Taça das Confederações ’17 (Magazine): Austrália

    Treinador

     No cargo desde o dia 23 de Outubro de 2013, Ange Postecoglou vê o seu trabalho reconhecido pela generalidade dos media desportivos da Austrália, visto como o timoneiro que reerguerá uma nação que já teve uma geração apelidada de ouro, visto ter sido o obreiro de uma subida substancial no ranking de seleções nacionais FIFA (do 102º posto ao top 50!). Embora a qualificação para o próximo mundial tenha começado de forma positiva (duas vitórias frente ao Iraque e aos Emirados Árabes Unidos), a verdade é que a acumulação de empates abriu espaço a algumas dúvidas por parte da opinião pública australiana. O resultado obtido esta quinta feira é visto como um alívio, pois o apuramento direto, antes deste mesmo jogo, era um pouco questionado.

    Fonte: alchetron
    Fonte: alchetron

    O selecionador revela-se um apreciador do jogo ofensivo: o plano de jogo assenta numa linha de 3 defesas muito subidos no terreno, principalmente os laterais, que no desenlace da construção de jogo alinham já dentro do meio campo adversário. O processo é semelhante durante todo o encontro: Jedinák, o trinco, recua, recebe do central, e inicia a distribuição da bola pelos restantes meio campistas (jogada repetida dezenas de vezes durante a partida). A leitura que faço é que a circulação do esférico é feita entre os jogadores que atuam numa linha intermédia, e vai sendo sucessivamente trocada entre os ditos e os laterais, fazendo-a chegar, com avanços e recuos, ao último terço do relvado. A execução deste plano requer um elevado grau de paciência por parte da equipa., onde espera, habitualmente, Juric. Qualquer precipitação individual pode pôr em causa o sucesso pretendido. É a ideia de jogo transmitida por Postecoglou aos seus pupilos. O jogo direto (bolas bombeadas para a área contrária), segundo esta lógica, não consiste numa tática viável, visto que a manutenção da posse de bola, elemento fundamental no sucesso da estratégia dos australianos, não pode ser tão bruscamente comprometida. À exceção, obviamente, de circunstâncias desfavoráveis, como um resultado negativo a poucos minutos do apito final, onde reina o “desespero”, “jogar mais com o coração do que com a cabeça”, em que não há nada a perder. Com um 3-2-4-1, o risco de ser vítima de contra investidas rápidas é recorrente e, através de um exemplo bem recente, no decorrer deste último jogo realizado pelos “socceroos”, o esquema foi alterado, já no decorrer da 2ª parte, para um 4-3-3 clássico, que acabou por funcionar e os australianos acabaram por vencer por 3-2.

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Diogo Fresco
    Diogo Frescohttp://www.bolanarede.pt
    Fã de um futebol que, julga, não voltará a ver, interessa-se por praticamente tudo o que envolve este desporto, dando larga preferência ao que ocorre dentro das quatro linhas. Vibra bastante com a Seleção Portuguesa de Futebol.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.