SC Corinthians 1-0 CR Flamengo: Acidente de trabalho foi a alternativa corinthiana

    A CRÓNICA: NUM CONFRONTO DE EQUIPAS ALTERNATIVAS, O DETALHE “AMIGO” FOI DECISIVO

    O duelo entre as duas maiores torcidas do Brasil começou intensamente estudado, com poucos espaços, e com um SC Corinthians a explorar os lados do campo. E foi com o passar dos minutos que os espaços se foram criando e as oportunidades surgiram. Somado a isto, as equipas com jogadores alternativos dificultaram o entrosamento e as jogadas mais bem trabalhadas, num jogo marcado pelos poucos espaços e produção ofensiva.

    Num lance de bola levantada em direção ao ataque, Vitinho conseguiu livrar-se do seu marcador e rematar forte, para Cássio fazer uma grande defesa na oportunidade que mais chegou perto de colocar a bola no fundo das redes. Do outro lado, no final da primeira parte, Adson, como um dos jogadores de frente do SC Corinthians, aproveitou o contra-ataque para e rematou por milímetros acima da baliza rubro-negra, mas sem ser suficiente para quebrar a pouca produtividade corinthiana.

    Em menos de dez minutos, a segunda parte do jogo trouxe mais emoção do que o restante dos 45 minutos jogados anteriormente. Isto porque as alterações realizadas ao intervalo por Vítor Pereira trouxeram mais profundidade pelos lados do campo, sempre a procurar Roger Guedes. Desta forma, o SC Corinthians cruzou duas vezes seguidas e, na segunda, a bola lançada por Gustavo Mosquito bateu na perna errada do lateral flamenguista Rodinei e enganou o seu próprio guarda-redes. O acidente de trabalho acabou por jogar a bola no fundo da rede e inaugurar o golos na Arena Itaquera.

    Com o golo, o CR Flamengo foi ao ataque, alterando a composição tática, ao tentar empurrar o SC Corinthians no trabalho de jogo. Como consequência, a parte defensiva do CR Flamengo criou mais espaços e o SC Corinthians apostou principalmente nos contra-ataques. Nesta alternância de jogadas de ataque, nem CR Flamengo, nem SC Corinthians foram efetivos para superar a meta adversária, encerrando o clássico dos milhões com a vitória dos donos da casa.

     

    A FIGURA

    Cássio – Após completar exatamente 600 jogos, o guarda-redes alvinegro mantém as suas atuações que o consagraram como o maior ídolo corinthiano neste século. A suas defesas, jogo após jogo, são um dos pilares que o SC Corinthians mantém vivo enquanto caminha para a conquista de novos títulos na atual época. Especialmente na noite deste domingo, as defesas nos remates de Vitinho e outras intervenções foram determinantes para a vitória corinthiana.

     

    O FORA DE JOGO

    Rodinei – Acidentes acontecem. É isto que Rodinei deve estar a pensar após o seu lance ser determinante para a derrota da sua equipa. A infelicidade que pode acontecer com todos deve ser algo a ter em conta. Porém, se tirarmos este acontecimento, o lateral rubro negro não conseguiu suprimir o avanço dos pontas corinthianos ao longo do jogo inteiro, com pouca disposição defensiva.

     

    ANÁLISE TÁTICA – SC CORINTHIANS

    A dura missão de montar uma equipa competitiva sem seis dos seus melhores jogadores, que estão no departamento médico. Por conta disso, Vítor Pereira manteve o padrão tático de 4-2-3-1, para não criar ainda mais alterações no SC Corinthians.

    Com uma dupla de médios caracterizada pela técnica e com pouco poder defensivo, deu um caráter criativo ao meio de campo do “timão”. Mais à frente, Adson e Lucas Piton, posicionados pelas pontas, trouxeram o poder da jogada individual e da velocidade pelo lado do campo, enquanto os laterais avançam para dar suporte aos pontas. Na frente, Roger Guedes, na função de ponta de lança móvel, movimentou-se entre os defesas adversários para criar espaços e auxiliar as triangulações.

    No segundo tempo, Rony entrou no meio-campo, para melhorar a parte defensiva do SC Corinthians, ao mesmo tempo que a entrada de Gustavo Mosquito veio melhorar as jogadas pelo lado esquerdo. No final de jogo, as últimas duas alterações modificaram o SC Corinthians para o 5-4-1, com o meio-campo fechado, a esperar contra-ataques em velocidade.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Cássio (8)

    Rafael Ramos (5)

    Gil (6)

    Raul Bicalho (6)

    Santos (6)

    Cantillo (5)

    Queiroz (6)

    Adson (8)

    Lucas Piton (5)

    Giuliano (6)

    Roger Guedes (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Gustavo Mosquito (7)

    Bruno Méndez (6)

    Bruno Melo (5)

    Roni (6)

    Giovane (5)

     

    ANÁLISE TÁTICA – CR FLAMENGO

    Enquanto a época do futebol brasileiro entra num mês com a carga de jogos excessiva, o treinador Dorival Júnior entrou para o jogo com um onze alternativo, mas com a mesma configuração tática dos últimos jogos.

    Com um 4-3-3, quando possui a bola, o médio defensivo, desta vez João Gomes, iniciava o jogo e levava a bola para outro setor do meio-campo, para municiar os pontas, Vitinho e Matheus França, que se valiam da sua velocidade. Em certos momentos do jogo, o CR Flamengo trocava para um 4-4-2, formando uma espécie de losango no meio-campo. A começar com Tiago Maia como primeiro homem do meio-campo, seguido por João Gomes pelo lado esquerdo e Matheus França no lado direito, enquanto Vitor Hugo fechava o losango, mais à frente. No último terço do campo, Vitinho e Gabigol ficavam como avançados móveis.

    As alterações no segundo tempo modificaram novamente o CR Flamengo para o 4-3-3. Com a entrada de Pedro, Gabigol foi deslocado para a ponta esquerda e Marinho entrou no lado direito. No meio-campo, Everton Ribeiro ficou como meia atacante, para distribuir o jogo.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Santos (6)

    Rodinei (4)

    Caio (5)

    Bruno (5)

    Ayrton (5)

    Maia (6)

    Joao Gomes (7)

    Hugo (4)

    França (5)

    Vitinho (6)

    Gabigol (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Gustavo Henrique (5)

    Éverton Ribeiro (7)

    Lázaro (5)

    Pedro (6)

    Marinho (5)

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    Kayalu Castro da Silva
    Kayalu Castro da Silvahttp://www.bolanarede.pt
    Adepto incondicional de futebol, Kayalu apaixonou-se pelo desporto no momento em que sentiu pela primeira vez a vibração e paixão das claques. É este sentimento que ele projeta passar ao informar e apresentar tudo que o desporto mais popular do mundo traz. Além disso, os motores da Fórmula 1 e a competitividade do vólei enchem o resto da paixão deste brasileiro.