Sporting CP 114-83 Vitória SC: Leões com resposta sólida ao primeiro desaire da época

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    A CRÓNICA: CONQUISTADORES SEM CORDA PARA ESCALAR MONTANHA

    Na ressaca da primeira derrota da época – por 24 pontos de diferença, em casa, frente ao Anwil Wloclawek, a contar para a FIBA Europe Cup – o Sporting CP recebia o Vitória SC, para a Primeira Divisão nacional. No Pavilhão João Rocha, a mesma piscina onde se afundaram a meio da semana, os leões levaram com firmeza os pés ao fundo e ganharam balanço para respirarem ar puro de novo e bateram os vimaranenses por 114-83.

    Tantas vezes utilizado, nem sempre aplicado, o jogo foi uma total elucidação do lema defense creates offense. Quem estava sentado nas cadeiras do pavilhão não ia assistindo a jogadas ofensivas brilhantes, mas sim a defesas comprometidas. Tirando partido das muitas mãos e pés ativos na procura de resgatar a borracha laranja, o Sporting CP mostrou-se mais eficiente a roubar bolas e em depositá-las facilmente no cesto do Vitória SC.

    No fim do primeiro quarto, a diferença já se fazia sentir a favor dos leões, mas não de uma forma transcendente. 23-18 foi o parcial. Contudo, a equipa da casa adaptou-se à solução defensiva minhota e começou a descobrir brechas no jogo interior e exterior que ditaram uma diferença de 19 pontos ao intervalo.

    Existia a expectativa para perceber o que o Vitória SC faria para escalar uma montanha cujo topo estava demasiado longe para ser possível alcançá-lo, uma vez que já diante do CP Esgueira a equipa de Guimarães havia estado por baixo e acabara por ganhar. Tais esperanças não podiam ter sido mais defraudadas.

    Num ápice, a situação vitoriana agravou-se, tendo o Sporting CP chegado a uma vantagem na casa dos 30 pontos. Travante Williams, que realizara uma primeira parte desinspirada, fez do cesto um alguidar e, com aparentemente tanto espaço para a bola entrar, fez parecer fácil a concretização de quatro triplos no terceiro tempo.

    O Sporting CP ultrapassaria mesmo a barreira dos cem pontos a caminho de um triunfo contundente. O Vitória SC perdeu as forças para responder a uma investida musculada em que os leões meteram as mãos no fogo e deixaram o pavilhão a arder.

    DJ Fenner terminou o encontro como o melhor marcador ao anotar 20 pontos aos quais acrescentou oito ressaltos e três assistências. Do lado vitoriano, saltam à vista os 12 ressaltos de Saiquan Jamison, sete dos quais ofensivos.

    O fim do jogo permitiu ver alguns jovens ao serviço dos dois conjuntos. Destaque no Sporting CP para Dinis Cherepenko, poste de 16 anos e 2,07m, e João Troni. No Vitória SC, Manuel Magalhães também teve a oportunidade de somar minutos.

    O Sporting CP sai com a moral reforçada antes de mais um compromisso europeu. Os húngaros do Kormend FC vão ser os próximos adversários dos leões.

     

    A FIGURA

    Isaiah Armwood Não foi protagonista de lances espetaculares. Em vez disso, fez o trabalho invisível, imprescindível para o sucesso de uma equipa. O extremo do Sporting CP foi o elemento mais ativo defensivamente, complicando muito as ações dos opositores.

     

    O FORA DE JOGO

    Jake Tubbergen Marcou apenas dois lançamentos dos dez que tentou. Terminou apenas com quatro pontos, curto para quem teve contributos bem mais interessantes nos jogos anteriores.

     

    ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP

    O Sporting CP trouxe a jogo um cinco bastante alto, mas muito atlético, com João Fernandes e Isaiah Armwood nas posições três e quatro. A equipa de Pedro Nuno começou o jogo a pressionar em campo inteiro, forçando permanentemente a turnovers.

    Foi precisamente a partir da defesa que o conjunto verde e branco criou grande parte do ataque. Fruto do desgaste provocado pela estratégia, cedo os leões começaram a rodar a equipa.

    No ataque, o Sporting CP tirou bastante partido dos bloqueios de Isaiah Armwood. Destaque também para a lucidez de Diogo Ventura no comando dos ataques, envolvendo os colegas, tal como um bom base deve fazer.

    5 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Diogo Ventura (7)

    Travante Williams (7)

    João Fernandes (5)

    Isaiah Armwood (7)

    Marko Loncovic (6)

    SUBS UTILIZADOS

    DJ Fenner (7)

    Marcus Lovett Jr (7)

    Ricardo Monteiro (5)

    João Troni (6)

    Dinis Cherepenko (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – VITÓRIA SC

    O Vitória SC fez de Pedro Pinto o seu principal ball handler sempre que a opção era um jogo mais pausado e de exploração do cinco para cinco em meio-campo. Anthony Roberts assumia o ataque da equipa quando o objetivo era explorar isolamentos e situações de um contra um.

    Ofensivamente, quando o Vitória SC optou por jogar com dois interiores como Simmons e Jamison, tentou cravar várias vezes a bola dentro. Para infortúnio dos conquistadores, os postes encontraram sempre oposição à altura dentro da área restritiva.

    Os bases também estiveram bastante bem a aproveitar as trocas defensivas do Sporting CP. Principalmente quando apanhavam o poste leonino, Ricardo Monteiro, pela frente, quase sempre os jogadores exteriores vitorianos era capaz de criariam bons lançamentos para si ou para os colegas.

    Na defesa, o treinador Miguel Miranda optou por utilizar uma estratégia defensiva baseada numa zona 2-3. O objetivo passou por fugir aos vários mismatches que a equipa ia sofrer nos duelos de um contra um.

    5 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Pedro Pinto (4)

    Anthony Roberts (5)

    Jake Tubbergen (4)

    Tate Hoffman (6)

    Zachary Simmons (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Litos Cardoso (4)

    Saiquan Jamison (6)

    Pedro Bastos (4)

    João Lucas (4)

    Manuel Magalhães (5)

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    Francisco Grácio Martins
    Francisco Grácio Martinshttp://www.bolanarede.pt
    Em criança, recreava-se com a bola nos pés. Hoje, escreve sobre quem realmente faz magia com ela. Detém um incessante gosto por ouvir os protagonistas e uma grande curiosidade pelas histórias que contam. É licenciado em Jornalismo e Comunicação pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e frequenta o Mestrado em Jornalismo da Escola Superior de Comunicação Social.