É no balneário que a melhor impressão de Jamal Crawford fica. O extremo já tinha referido que tinha chegado a um ponto na sua carreira que aquilo a que mais dava valor era o seu impacto nos outros, e em conseguir ser um bom pilar e uma boa ajuda para a nova geração. Desempenhando um papel fundamental para o desenvolvimento de Karl Anthony Towns e Andrew Wiggins, duas jovens estrelas, Crawford vinha mesmo a ganhar, na época 2017/18, o “Teammate of The Year Award”. Também na época seguinte, pelos Suns, Devin Booker e Josh Jackson salientavam a importância da sua presença no balneário.
Crawford é, no entanto, um jogador de renome, detendo ainda alguns recordes impressionantes na NBA. Foi o primeiro jogador a ganhar os “Sixth man of the Year” por três ocasiões diferentes (duas ao serviço dos LA Clippers e uma dos Atlanta Hawks). Durante bastante tempo (antes da explosão ofensiva de James Harden) era o líder, de sempre, da NBA em jogadas de 4-pontos (marcar um triplo com cesto e falta). E, ainda, é o único jogador da história com um jogo a marcar 50 pontos ou mais por quatro equipas diferentes (Chicago Bulls,New York Knicks, Golden State Warrios e Phoenix Suns).
The Return. Jamal Crawford has signed with the Nets. @JCrossover pic.twitter.com/vcwx5n2VLL
— SLAM (@SLAMonline) July 9, 2020
Crawford é, sem duvida, um jogador ofensivo fenomenal, que consegue ficar “quente” em segundos, e assim que entra causar um impacto positivo no jogo. No entanto, por muito que na nossa memória fiquem os seus tempos com os Atlanta Hawks de Joe Johnson e Josh Smith ou da mítica “Lob City” de Chris Paul e Blake Griffin, as últimas instâncias de Jamal Crawford na melhor liga do mundo têm ficado com um sabor amargo, como se não fosse este o jogador que outrora nos fazia ficar atento a cada posse de bola e lançamento pouco ortodoxo.
Será este o “silver lining” de Jamal Crawford? Poderá Crawford ter encontrado a sua casa, prolongando o contrato para a época seguinte, na equipa de Brooklyn que já conta com a ajuda de Kyrie Irving, Spencer Dinwidee e, futuramente, Kevin Durant? Ou Crawford é apenas um “jogador de recurso” que veio apenas preencher as baixas dos Brooklyn Nets?
Se há coisa que os últimos quatro meses nos mostraram foi que o futuro é imprevisível. Esta poderá ser a última oportunidade para ver um jogador como Crawford, que nos traz imensas boas recordações, que podemos vir a ter. Poderá ser a última vez que veremos um “shake and bake” num jogo da NBA (pois Crawford é conhecido por participar em pro-am leagues, ligas de verão com jogadores amadores e profissionais).
Os Bubble Games estão já aí à porta e notícias como esta fazem com que este final de época, afinal, possa ser uma boa e nova experiência.
Foto de Capa: LA Clippers
Artigo revisto por Joana Mendes