Os Warriors estão de regresso a San Francisco, num ano de várias mudanças, mas com a mesma intenção: trazer o anel para casa. A tarefa já era de si complicada, com a saída de Kevin Durant, mas a lesão de Thompson e saídas de vários veteranos fazem com que esta seja uma tarefa hercúlea. Mas não retirem já os homens de Steve Kerr da luta…
Com as renovações de Klay Thompson e Draymond Green, os Warriors mostram que querem continuar na onda do sucesso. O caminho não será fácil e, pela primeira vez em muitos anos, a turma que agora está de volta a San Francisco não começa a temporada como favorita. Mas isso não pode (nem deve) retirá-los da luta. Há a adição de D’Angelo Russell, há uma intenção de colocar mais sangue novo na equipa e existem ainda jogadores de elite com pedigree de campeões. Os Warriors foram campeões pré-Durant e podem ser novamente no pós-Durant.
Ainda assim, há ajustes que terão de ser feitos. Nesta fase inicial, ainda sem Klay e sem saber qual o impacto de Russell, é fundamental que a diferença de Curry para o resto não seja tão grande. Foi notória a dificuldade dos seus colegas em marcar pontos nas finais, incluindo Draymond Green que terá de assumir muito mais a bitola, agir mais como um líder e menos como alguém ainda à procura do reconhecimento que há muito já alcançou.
Se Green conseguir juntar cerca de quinze pontos por jogo, consistentemente, às suas enormes capacidades como passador e defensor, os Warriors estarão em boas mãos. Também Kevon Looney terá de aumentar as suas responsabilidades ofensivas, pelo menos até à adaptação de D’Angelo ficar completa e Thompson regressar.
No fundo, estes Warriors são neste momento outsiders, algo que não eram há muito e precisam de mostrar que o que fizeram em 2015 e 2016 não foi obra do acaso. Steve Kerr é um treinador, na minha opinião, subvalorizado pela qualidade dos jogadores que teve à disposição até agora, mas terá talvez o seu maior teste desde que chegou. Um regresso dos Warriors a todo aquele movimento de bola que os tornou famosos e que confundia qualquer defesa deverá estar em cima da mesa, para competir com os Rockets e as duas equipas de Los Angeles.
A tarefa não se adivinha, no entanto, fácil. Tudo tem de correr bem aos Warriors, desde uma época sem lesões e ao nível de outras anteriores de Stephen Curry, uma recuperação rápida e eficaz de Klay Thompson e um Draymond a assumir-se como um veterano agora que não tem Iguodala e Livingston para ajudar. A juntar a isto, há ainda a incógnita de quais versões de Cauley-Stein e Russell chegam a San Francisco. São muitos se’s, que podem fazer a diferença entre a desilusão ou a continuação de uma dinastia.
Foto de Capa: Golden State Warriors