Que venham mais All-Stars – Conferência Este

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    Já se passaram alguns meses desde a última vez que escrevi. E muitos mais desde que o assunto foi os All-Stars. Felizmente, o desporto prossegue, o espetáculo nunca falta, a não ser que se fale dos Knicks e dos 76ers, e daqui a pouco mais de um mês teremos aquele que é o fim de semana mais mítico da NBA.

    Este texto não será de todo para explicar como se processa; será, única e exclusivamente, para vos dizer quais são os atletas que, até agora, têm entrada garantida no cinco inicial de cada conferência, e aqueles que merecem bastante pelo menos estar presentes.

    Infelizmente, não vão poder ser ditos por posições, e vou tentar adotar o mecanismo da NBA, dividindo o frontcourt do backcourt.

    Backcourt:

    Kyle Lowry – Em relação a Lowry, devo admitir que tenho receio. Os All-Stars dependem muito da popularidade, e o base dos Raptors tem vindo a fazer uma campanha soberba, principalmente desde que DeRozan se lesionou. É um autêntico capitão daquela que está no top 3 das equipas de Este.

    John Wall – Para mim, e para muitos, presumo, está a ser o melhor base da conferência Este e um dos melhores da liga este ano. É explosivo, rapidíssimo e garante espetáculo todas as noites. Pelo menos até ao momento em que este texto foi escrito, é o jogador com mais duplos-duplos da liga – algo que não acontecia num base desde John Stockton (líder máximo de assistências da NBA). Aposta assegurada e, se tudo correr bem, irá mesmo ser titular.

    : Não há base, na conferência Este, que mereça mais estar nos All-Stars do que John Wall Fonte: Ned Dishman/Getty Images
    Não há base, na conferência Este, que mereça mais estar nos All-Stars do que John Wall
    Fonte: Ned Dishman/Getty Images

    Bases que podem, devem e provavelmente estarão em Nova Iorque:

    Jeff Teague – Jeff Teague está a ser um dos maiores impulsionadores da equipa dos Hawks. É impressionante o que está a ser capaz de fazer com basicamente o mesmo plantel do ano passado (que acabou em oitavo na conferência, apesar de Al Horford ter estado lesionado). Merece estar nos All-Stars, mesmo que não seja a titular; merece mandar pelo menos um Alley-Oop.

    Brandon Knight – Já muito badalado, e com aparições grande parte das vezes negativas no fim de semana mais festivo da NBA, o base dos Bucks está a ter uma época absolutamente fenomenal. Está a mostrar que o seu potencial sempre lá esteve e que estamos perante o base ideal à volta do qual a equipa se pode construir.

    Derrick Rose – Como foi dito, os All Stars são, ao fim ao cabo, um concurso de popularidade, e depois do mediatismo em torno de Rose nos últimos três anos, o facto de ele ser o MVP mais novo de sempre e o facto de ele não estar a fazer uma época miserável e até estar, lentamente, a recuperar as qualidades que o tornaram um jogador temível, fazem-me crer que Rose possa defender Este nos All-Stars.

    Kyrie IrvingUncle Drew! Kyrie Irving, MVP dos All-Stars do ano passado, tem de estar nos All-Stars. Contudo, não tem feito por merecer ser titular. É um jogador tremendo, tem um estilo de jogo ótimo para este tipo de evento (como se viu no ano passado) e, em princípio, estará por NYC em fevereiro.

    Jimmy Butler – Temos agora outra adição dos Bulls. Agora a sério, quem é que imaginou que o Jimmy Butler, num plantel com Pau Gasol, Derrick Rose, Joakim Noah, Taj Gibson e mais uns quantos, iria liderar a equipa em pontos e seria, indiscutivelmente, o jogador que melhor tem jogado este ano? Pois bem, este escritor admite que mais rapidamente via o Dwight Howard a mandar seis triplos num jogo do que ver Jimmy “Buckets”, como alguns lhe chamam, um atleta soberbo que era capaz de jogar, defender e estar extremamente concentrado durante 48 minutos seguidos – algo que já aconteceu – tornar-se num jogador tão completo ofensivamente.

     FrontCourt:

    LeBron James – Bem, o primeiro, perdoem-me, mas escuso de falar.

    Pau Gasol – Quem diria? A sério, quem diria que, depois de épocas inteiras a ser desperdiçado em Los Angeles, o irmão mais velho da dupla Gasol ainda tinha tanto, mas tanto para dar a este fantástico desporto? A sua qualidade, julgo eu, nunca foi questionada. Contudo, ainda tinha assim tanto combustível no seu tanque? Pau Gasol sempre foi um jogador com uma técnica invejável e com um toque bastante belo. Mas por amor de Michael Jordan! Pau Gasol reergueu-se feito fénix para se tornar um jogador, aparentemente, ainda mais completo do que quando estava nos Lakers campeões.

    Fonte: Gary Dineen/Getty Images Pau Gasol, a par do Jimmy Butler, tem sido o melhor dos Bulls
    Pau Gasol, a par do Jimmy Butler, tem sido o melhor dos Bulls
    Fonte: Gary Dineen/Getty Images

    Paul Millsap – Julgo que Millsap não vai ser titular, embora o mereça. O extremo, que é capaz de jogar tanto na posição 3 como 4, está, segundo a NBA, no top 10 dos melhores jogadores deste ano, e isso não é mentira nenhuma. Juntamente com Teague, os Hawks estão a ser a equipa revelação do ano. Treinados por um treinador fantástico, num plantel sem batalhas de egos, Millsap só precisa de fazer aquilo que sempre soube fazer e, mesmo assim, tem feito ainda melhor. Um jogador fenomenal que tem sido este ano.

    Carmelo Anthony – A única coisa boa que tem acontecido nos New York Knicks. Para além de ser já presença assídua nos All-Stars, Anthony, além de famoso, é um jogador bastante bom e completo. Está lesionado, se bem que ainda não se saiba se vai perder, ou não, a época toda.

    Os últimos três poderiam ser, certamente, os titulares; entretanto, os próximos seriam, num mundo ideal, os mais merecedores.

    Chris Bosh – Alguns jogos lesionado não apagam a boa época, estatisticamente falando, de Chris Bosh. Devo relembrar que os All-Stars não avaliam o estado da equipa; apesar da má época dos Miami Heat, Bosh está na mesma situação de Anthony. Espera-se que a má temporada que se está a assistir em Miami não apague a época individual de Bosh.

    Kevin Love – Por muitos considerado o melhor extremo-poste da NBA, Love tem sido, na ausência de LeBron, a referência da equipa e, apesar de nem sempre ganhar, o grupo de Cleveland tem tido em Love um atleta extremamente talentoso e com características únicas. Os passes longos imediatamente após os ressaltos já são imagem de marca do número 0 dos Cavaliers e esses têm de ser vistos em Nova Iorque em fevereiro.

    Al Horford – O poste da equipa de Atlanta tem feito uma época bastante interessante. Um pouco (bastante) ofuscado pela presença de um base que está a fazer a melhor época da sua vida, em Jeff Teague, Horford tem feito uma época que tem sido interessante ao ponto de considerar colocá-lo nesta lista. Titularíssimo na equipa, e depois de duas temporadas lesionado, o poste dos Hawks é uma das referências da equipa, que é liderada por Millsap e Teague.

    O Greek Freak tem todas as ferramentas necessárias para brilhar em fevereiro Fonte: Getty Images
    O Greek Freak tem todas as ferramentas necessárias para brilhar em fevereiro
    Fonte: Getty Images

    Giannis Antetokounmpo – O base, quer dizer, extremo, quer dizer, poste dos Bucks está a fazer uma época fantástica. Juntamente com Brandon Knight, o Greek Freak, como os fãs lhe chamam, já jogou em todas as posições e atacando o cesto há poucos jogadores que o conseguem parar. Tem uma capacidade atlética invejável e é certo que, aliando a sua envergadura e a sua rapidez, temos um jogador que pode receber inúmeros alley-oops, fazer imensos afundanços e até, quem sabe, defenda nos All-Stars. Sei que é difícil, mas podemos sempre sonhar.

    Foto de capa: NBA All Stars 2015

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    André Albuquerque
    André Albuquerque
    O André já fez natação, futebol, futsal, basquetebol, judo, karate, jiu-jitsu brasileiro, ténis de mesa. No entanto, não sabe fazer nada sem ser ver os jogos da NBA e do seu Benfica!                                                                                                                                                 O André não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.