Mais rápido o contra ataque
No passado a recepção do primeiro passe de contra ataque pelo base em corrida após a equipa ganhar o ressalto defensivo era muitas vezes penalizada com violação á regra dos passos.
Dantes os treinadores ensinavam a não agarrar a bola para não fazerem passos, diziam ao base em movimento para dar uma palmada na bola iniciando de imediato o drible.
Com a nova regra passaram a dizer aos jogadores para não saltarem, continuarem a correr, controlando/agarrando a bola com apoio num pé (0) no solo o que lhes permite dar mais um apoio (1) antes de ter de enviar a bola ao solo. Passo de saída: “Antes que apoie o passo 2”. Não é antes que levante… mas sim antes que apoie.
A recepção em corrida é uma das grandes vantagens das novas regras. Temos agora um jogo mais rápido com muito mais acções de contra ataque e menos riscos de perdas de bola por violações o que vai obrigar necessariamente a uma nova defesa…
Se os árbitros não observarem bem o contacto dos pés com o solo no momento da recepção/controle, esta regra pode ser uma autêntica “barra livre” o que, em minha opinião, não favoreceria a melhoria da qualidade do basquetebol, mas apenas o seu dinamismo.
Mais um passo no ataque mais problemas para a defesa
Um esforço suplementar é o que se vai pedir no futuro aos defesas quando confrontados com atacantes que dominem os apoios com o passo zero, já que os recursos ofensivos são agora múltiplos e imprevisíveis.
É frequente, na NBA, os jogadores desistirem de defender dada a grande vantagem técnica e física de quem ataca com o recurso do passo zero. Com a recepção em movimento o defesa é obrigado a adivinhar o movimento dos pés do adversário de forma a antecipar a acção.
Arranques muito mais rápidos, múltiplas opções de finalização configuram um novo perfil de jogador no basquetebol FIBA. O atacante não tem agora de diminuir a velocidade dos seus deslocamentos para não infringir as regras, um novo quebra cabeças para os defensores
Anteriormente a defesa tinha vantagem na pressão da saída do contra ataque , baixava a velocidade da transição, dificuldade atacante para arrancar em corrida ou receber em movimento sem fazer passos. Agora o atacante tem mais um passo(0) e pode sair em drible orientado.
Não é boa ideia pressionar o portador da bola de frente (“straight”).
A solução defensiva passa agora por um “close out “/aproximação ao jogador com bola de forma lateral, com mãos activas, fechando o caminho (deslizando ou correndo) para condicionar opções ofensivas.