Marcar de gancho?
Hoje é impossível ver algum jovem a treinar ganchos (skyhooks). Durante muito tempo, foi considerado o melhor para os jogadores interiores já que é quase impossível de ser desarmado.
Falar do gancho, um lançamento que implica equilíbrio, coordenação, técnica e tempo para aprender, é falar de Kareem Abdul Jabar. Mas porque quase desapareceu este lançamento?
Muitos argumentam que é um lançamento lento e desajustado aos tempos actuais. Provavelmente é verdade, mas o seu equivalente, o floater, está agora muito em voga nos jogadores exteriores.
Se treinassem muito e bem os fundamentos (trabalho de pés), os postes, depois de se sentirem confortáveis com o jump hook ou o sky hook, podiam facilmente fazer a transferência para outros lançamentos mais actuais. Na dúvida, tomam opções: treinar duas horas de ganchos ou treinar os movimentos de tiros e penetrações exterior? Ou ir para o ginásio fazer pesos? Claramente estão mais orientados para o jogo do perímetro o que não lhes deixa tempo para os ganchos (softer skill).
Basta estar atento aos Campos de “Aperfeiçoamento”, que um pouco por todo o país se vão realizando para ver que poucos jogadores têm alguma habilidade na posição de poste, que colocam sistematicamente a bola no chão, falham lançamentos, executam mal e fazem passos sem que ninguém os corrija.
Ninguém aprende a jogar se treinar desta forma.
Recordo uma passagem de um livro do Prof. J. Araujo a propósito do tema:
“Os jogadores ditos “altos” tinham de ser especialistas no “gancho”, uma execução técnica especificamente dirigida aos jogadores que actuavam nas áreas próximas do cesto. Como era possível , um verdadeiro especialista como eu não conseguir aplicar tal saber durante os jogos. Não era o mesmo ter aprendido e repetido até à exaustão ume execução técnica , sem oposição de qualquer espécie e, em seguida pretender repeti-la em circunstâncias totalmente diferentes. Faltava a situação real de jogo. Treinar como se joga”.