E agora o que fazer?
Agora, sem os constrangimentos económicos do passado, nada impede de iniciarmos já uma mobilização da modalidade ao redor de objectivos globais muito mais ambiciosos usando uma atitude bastante mais envolvente e proactiva.
Assim nada melhor que ajustar objectivos competitivos e apontar claramente para que em Agosto se garanta frente à Islandia e à Suíça o apuramento para a denominada “First Round” (32 participantes) e que posteriormente consigamos o apuramento para o Campeonato Europa 2021(apuram 24).
Para isso urge rejuvenescer e ajustar a equipa, não porque tenhamos jogadores idosos, mas sim pela qualidade dos mesmos. Já em relação ao naturalizado urge encontrar uma solução. João Gomes “Betinho” tem 34 anos e Harnet 31.
A recente lista de pré convocados que inclui entre outros
Diogo Brito (Utah State University), Francisco Amiel (Colgate University) e o naturalizado Jeremiah Wilson (Nantes – França) é um passo em frente importante.
Do mesmo modo, é de aproveitar o facto de organizarmos em Matosinhos o Grupo B dos Sub 20 e de termos um conjunto de jovens com potencial, de que se destaca naturalmente Neemias Queta em ano de estreia no campeonato universitário dos Estados Unidos (NCAA), e podemos sonhar com a subida à Divisão A.
O ex-Benfica, formado no Barreirense, está a caminho da NBA e provavelmente em 2020 será incluído no Draft.
Neemias pode e deve ser a figura à volta da qual o basquetebol nacional de uma vez por todas cresça, para isso o passo inicial passa eventualmente pela sua presença (isto se for possível conciliar a actividade desportiva e estudantil com Utah State) já na selecção principal (consta da lista alargada) e depois na de Sub 20.
Temos pois de aproveitar os talentos que agora despontam e para isso urge criar a curto prazo uma Liga Profissional. Se o não fizermos os nossos jovens ou desistem ou vão como muitos outros à procura do futuro no estrangeiro.
Foto de Capa: FPB