Como se forma um basquetebolista inteligente?
Não é fácil opinar se o talento dos ditos jogadores inteligentes é inato, fruto do treino, ou dos dois.
Sabemos sim que a inteligência tática também se educa. Para isso nada melhor que os treinadores criarem condições para que os jogadores adquiram um conhecimento estratégico e tático do jogo que lhes permita jogar de forma inteligente e que lhes facilite a tomada decisões num meio hostil e em constante mutação.
As novas perspetivas da aprendizagem do basquetebol têm sofrido uma importante revolução com a ligação à neurociência. Os conteúdos passam a ter não só as partes técnico-táticas, motoras (condicionais e coordenativas), mas também levam em conta a parte psico-cognitiva.
Os jogadores aprendem a partir de tarefas com implicações cognitivas e sempre relacionadas com o jogo. Tendo por base as habilidades coordenativas, com as tarefas baseadas no trabalho em multiáreas (realizar diferentes tarefas de forma a obrigar a trabalhar diferentes zonas do cérebro).
O grande objetivo é formar jogadores inteligentes para o rendimento desportivo. Para isso temos de passar dos modelos estanques e fora do contexto do jogo para modelos construtivistas com base no treino cognitivo. O treino de basquetebol não faz grande sentido descontextualizado já que não terá transferência para o jogo. Assim devemos contextualizar as tarefas. Como diz o Prof. Jorge Araújo: “Treina como queres jogar”.