Festa Algarvia

    Os jovens podem jogar melhor 

    Quem assistiu à prova e à maioria dos jogos constatou que o entusiasmo e o empenho de todos os jovens foi total. Contudo, continuo a pensar que é possível ensinar mais e melhor de forma que o nível do jogo seja cada vez mais elevado como todos desejamos.

    Do que vi concluo que a maioria dos nossos praticantes continua a lançar mal ao cesto, facto que também é claramente registado nos dados estatísticos: a média na prova aponta para valores a rondar os 35% nos lançamentos curtos (dois pontos), 20% nos longos (triplos) e ainda 40% nos lances livres, o que, convenhamos, são registos muito modestos.

     

    Ainda existe muito trabalho a ser feito na formação.
    Ainda existe muito trabalho a ser feito na formação.

    O uso e abuso do drible e a carência de outros fundamentos leva a uma constante perda de bola sem que as equipas tenham oportunidade de lançar ao cesto (30 T. Overs por jogo) e a um jogo pouco coletivo (apenas seis assistências por equipa e por jogo). A célebre “Tripla ameaça” tem de ser uma marca de todos os atacantes. Que problema me coloca a defesa? Que opção tomo? Como a executo? Pensar rápido e bem também se treina. O que na minha opinião não faz sentido é antecipar a solução sem primeiro detetar o problema, isto é, por exemplo, não adianta colocar rápido a bola no chão sem a agarrar se a solução for o passe ou o lançamento. O basquetebol está todo inventado e não adianta andarmos ao ritmo das modas que não fazem sentido algum.

    Obviamente mais uma vez se constata que nem todos estão em condições de competir num Campeonato Nacional. Quem marca 20 ou menos pontos dá um sinal evidente de que ainda não está preparado. Agrupar seleções de menor expressão faria sentido, até porque ao longo do ano, em contraste com as “grandes” Associações, fazem muito poucos jogos.

    A implementação de um novo figurino permitiu mais jogos, mais espaçados no tempo, mas retirou a emoção das meias finais e repetiu jogos das finais.

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    Mário Silva
    Mário Silvahttp://www.bolanarede.pt
    De jogador a treinador, o êxito foi uma constante. Se o Atletismo marcou o início da sua vida desportiva enquanto atleta, foi no Basquetebol que se destacou e ao qual entregou a sua vida, jogando em clubes como o Benfica, CIF – Clube Internacional de Futebol e Estrelas de Alvalade. Mas foi como treinador que se notabilizou, desde a época de 67/68 em que começou a ganhar títulos pelo que do desporto escolar até à Liga Profissional foi um passo. Treinou clubes como o Belenenses, Sporting, Imortal de Albufeira, CAB Madeira – Clube Amigos do Basquete, Seixal, Estrelas da Avenidada, Leiria Basket e Algés. Em Vila Franca de Xira fundou o Clube de Jovens Alves Redol, de quem é ainda hoje Presidente, tendo realizado um trabalho meritório e reconhecido na formação de centenas de jovens atletas, fazendo a ligação perfeita entre o desporto escolar e o desporto federado. De destacar ainda o papel de jornalista e comentador de televisão da modalidade na RTP, Eurosport, Sport TV, onde deu voz a várias edições de Jogos Olímpicos e da NBA. Entusiasmo, dedicação e resultados pautam o percurso profissional de Mário Silva.                                                                                                                                                 O Mário escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.