Os jovens podem jogar melhor
Quem assistiu à prova e à maioria dos jogos constatou que o entusiasmo e o empenho de todos os jovens foi total. Contudo, continuo a pensar que é possível ensinar mais e melhor de forma que o nível do jogo seja cada vez mais elevado como todos desejamos.
Do que vi concluo que a maioria dos nossos praticantes continua a lançar mal ao cesto, facto que também é claramente registado nos dados estatísticos: a média na prova aponta para valores a rondar os 35% nos lançamentos curtos (dois pontos), 20% nos longos (triplos) e ainda 40% nos lances livres, o que, convenhamos, são registos muito modestos.
O uso e abuso do drible e a carência de outros fundamentos leva a uma constante perda de bola sem que as equipas tenham oportunidade de lançar ao cesto (30 T. Overs por jogo) e a um jogo pouco coletivo (apenas seis assistências por equipa e por jogo). A célebre “Tripla ameaça” tem de ser uma marca de todos os atacantes. Que problema me coloca a defesa? Que opção tomo? Como a executo? Pensar rápido e bem também se treina. O que na minha opinião não faz sentido é antecipar a solução sem primeiro detetar o problema, isto é, por exemplo, não adianta colocar rápido a bola no chão sem a agarrar se a solução for o passe ou o lançamento. O basquetebol está todo inventado e não adianta andarmos ao ritmo das modas que não fazem sentido algum.
Obviamente mais uma vez se constata que nem todos estão em condições de competir num Campeonato Nacional. Quem marca 20 ou menos pontos dá um sinal evidente de que ainda não está preparado. Agrupar seleções de menor expressão faria sentido, até porque ao longo do ano, em contraste com as “grandes” Associações, fazem muito poucos jogos.
A implementação de um novo figurino permitiu mais jogos, mais espaçados no tempo, mas retirou a emoção das meias finais e repetiu jogos das finais.