E agora, NBA?

    E agora, como vai ser a NBA?

    Sendo uma das ligas que mais espectadores acarreta e mais receitas gera por todo o mundo, a expectativa em torno de como se irá desenrolar o resto da temporada é brutal.

    Financeiramente é, desde já, prevísivel uma queda drástica nas receitas. Segundo o economista Scott Kaplan, que se tem dedicado ao universo económico da NBA, a perda potencial de receita da liga pode ser avaliada entre um mil milhão e os dois mil milhões de dólares. Prevê-se assim um prejuízo gigante, que provocará com certeza consequências no teto salarial de todos os envolvidos e que dependem da NBA para sobreviver, desde atletas a empregados de cafés, cujo «ganha pão» depende das partidas da liga norte-americana.

    Resultado disto, tem existido uma onda muito positiva de solidariedade entre vários jogadores e equipas, em redor da recente suspensão da liga. Conscientes das dificuldades das pessoas que trabalham e são dependentes da liga para sobreviver, Kevin Love, Giannis, Zion Williamson, Rudy Gobert, os Dallas Mavericks e os Golden State Warriors são todos exemplos da união e cooperação que deve estar sempre presente.

    Zion Williamson, dos New Orleans Pelicans, é o primeiro a anunciar que vai pagar os salários a todos os trabalhadores do Smoothie King Center
    Fonte: New Orleans Pelicans

    O rookie Zion Williamson, que tem conquistado os fãs dentro de campo, acaba também por conquistar os mesmos fora dele, sendo um dos primeiros atletas a anunciar que vai pagar os salários a todos os trabalhadores do Smoothie King Center, nos próximos 30 dias. Em publicação na rede social Instagram, o jovem norte americano afirmou ser algo “maior que o basquetebol”. Para além de Zion, o atual MVP da NBA (Giannis Antetokounmpo) e Kevin Love vão também doar 100 mil dólares, de forma a cobrir as despesas dos respetivos funcionários dos pavilhões das suas equipas em questão.

    Rudy Gobert, primeiro infetado confirmado pelo Corona vírus fará um esforço ainda maior, oferecendo cerca de 500 mil dólares de modo a ajudar todos os que trabalham na Vivint Smart Home Arena, sendo que o internacional francês vai ainda apoiar os serviços sociais em Utah e na cidade Oklahoma relacionados com o COVID-19.

    Rudy Gobert, dos Utah Jazz, foi revelado o primeiro infetado pelo Coronavírus
    Fonte: Utah Jazz

    Desportivamente, ainda é uma incógnita de como a liga irá proceder após o «caos» do COVID-19 estabilizar, ao passo que a incerteza do tempo desta suspensão confere grande dubiedade nos responsáveis da NBA. Será necessário grande cooperação entre os front offices de todas as equipas, que irão ter que chegar a um consenso relativamente a várias questões que preocupam os fãs e os jogadores.

    Em primeiro lugar, é importante perceber como o vírus irá evoluir e se isto durará «apenas» os trinta dias decretados, ou se o período de suspensão terá de ser alargado. Na melhor das hipóteses, em 30 dias estará tudo mais calmo e será possível retomar a competição, mas como irão atuar após uma pausa tão longa? Haverá mais jogos da fase regular ou as equipas vão diretamente para os playoffs?

    Muitas questões são, atualmente, inviáveis de responder, contudo já deverão existir conversas e propostas colocadas em cima da mesa, visto que não é a primeira vez com que a NBA terá de conviver com uma redução substancial de jogos no calendário.

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    Diogo Silva
    Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.