A vida após os Bulls
Assim no verão de 2016, Rose é trocado para os New York Knicks. Uma troca que apesar de caricata, não surpreendeu muitos. Rose estava “acabado”, já não era o MVP de outrora, e precisava de uma nova casa. Nos Knicks obteve medias de 18.0 pontos e 4.4 assistências por jogo em 47%, algo bastante eficaz para a equipa em que estava inserido. No entanto, em março dessa época Rose rompe o menisco do joelho esquerdo, indo assim para a sua quinta operação em 5 anos. Os Knicks não chegam aos play-off e o contrato de Rose acabava no verão de 2017.
Assim, nesse mesmo verão Rose aceita o contrato mínimo para um veterano de 2.4 milhões a um ano e vai para os Cleveland Cavaliers, equipa que o base tanto batalhou ao longo da carreira. A estadia não toma as melhores proporções quando uma lesão no tornozelo o mantem fora das linhas durante mais 3 meses e o faz questionar se quer ou não prosseguir com a sua carreira no basquetebol.
Em fevereiro de 2018, Rose seria trocado para a equipa de Utah, onde seria posto de parte e ficando assim sem equipa e fora da liga. Minnesota foi a sua única esperança e a única equipa que pareceu quere-lo como reforço para os Play-off.
O potencial de Rose veio mesmo a revelar-se nos play-off. Apesar de ser uma serie pouco disputada contra os Houston Rockets, Rose mostrou-se uma força capaz a partir do banco, terminando os play-off de 2018 com media de 14.2 pontos e 2.6 assistências em apenas 23 minutos de jogo, nos cinco jogos da série.
Rose acabaria por prolongar a sua estadia por mais um ano com a equipa de Minnesota pelo mínimo de veterano. A época seguinte haveria de começar da mesma forma. Depois de num jogo em que nos fez relembrar o porquê de já ter sido o melhor do mundo com 25 pontos em apenas 30 minutos de acção contra a equipa de Dallas.
Poucas noites depois, Derrick Rose demonstra toda a sua força numa noite histórica na sua carreira. No primeiro jogo em que fez parte do cinco inicial pela equipa de Minnesota, Rose apontou 50 pontos, o máximo da sua carreira, com seis assistências, num jogo contra a equipa que uns meses antes o tinha posto de parte, os Utah Jazz. Esta era a prova de que Rose ainda tinha muito para dar e foi o que fez elevar a sua confiança para aquela que viria a ser a sua melhor época dos últimos tempos.
Com um estilo diferente de jogo mais calmo, menos explosivo, mas mais habilidoso, a vir do banco em vez de começar de início Rose causou um enorme impacto na jovem equipa de Minnesota. Terminou assim a época com médias de 18.1 pontos e 4.3 assistências por jogo com 37% de eficácia de três pontos, algo que é o melhor da sua carreira numa área do jogo em que melhorou imenso.
Rose, após cinco cirurgias e inúmeras outras leões mantém-se assim na melhor liga do mundo, por pelo menos mais 2 anos a atuar pela equipa de Detroit. Com Rose podemos aprender algo na vida: nem tudo pode sempre nos correr bem e podemos encontrar muitos obstáculos pelo caminho. Mas, a nossa determinação para continuar e a força de o fazer é o que irá sempre determinar aquilo de que somos feitos. A expressão “never give up” com Derrick Rose ganha outro significado.
Foto de Capa: Minnesota Timberwolves