NBA Draft 2020: Top 3 jogadores internacionais

    2.

    Fonte: Ratiopharm Ulm

    Killian Hayes – Nascido em 2001, Hayes teve em Cholet’s a sua primeira experiência profissional, que apesar de ter sido satisfatória não foi exatamente o que esperava, ao passo que o clube passava dificuldades e encontrava-se de forma regular nos últimos lugares da tabela, contexto ao qual Hayes não queria estar inserido. Como tal, o jovem francês considerou mudar de “ares”, juntando-se a uma das melhores equipas alemãs, que atuava na Eurocup (Ratiopharm Ulm).

    Na Alemanha, Hayes realizou números bastante interessantes, ao passo que na Eurocup executou 12.8 pontos, 6.2 assistências, 1.5 roubos de bola em 26.8 minutos por jogo, com percentagens positivas (90% da linha de lance livre, 45% de lançamentos de campo).

    Na BBL (liga profissional alemã), esteve uns furos ligeiramente abaixo, todavia não deixou de realizar números convincentes do seu talento, com 11.6 pontos, 5.3 assistências, 1.4 roubos de bola em 24.5 minutos por jogo com uma eficácia ligeiramente melhor (49.7% de lançamentos de campo).

    PRÓS

    Hayes tem uma estatura significativa para a posição onde atua (1.96 metros) e tem um excelente controlo das ações que gere com bola, ao passo que executa tudo com grande fluidez, sendo que foi sempre o base primordial das equipas onde atuou. Hayes é um jogador que consegue marcar de qualquer zona do campo, sem denunciar muito as suas ações, utilizando frequentemente o «step back» para criar espaço. O jovem francês é também um dos melhores passadores no Draft, sendo capaz de “pensar em movimento” como poucos e de fazer o passe após drible. No drible, Killian não é ilustre, nem tem um arsenal vasto de movimentos, mas não força e tende a executar movimentos simples, conjugando com hesitações e fintas de corpo que também podem ser importantes. Em termos defensivos Hayes não é brilhante, porém tem uma média impressionante de 1.5 roubos de bola por jogo na Eurocup e 1.4 na BBL.

    CONTRAS

    Apesar da sua estatura significativa, não se apresenta um atleta fora de série, nem é explosivo como outros bases no Draft (Cole Anthony por exemplo), apesar de que haja espaço para evoluir neste aspeto. Em termos de lançamento, todavia apresente grande versatilidade no que toca às zonas do lançamento onde atira (podendo lançar de três, meia distância ou até mesmo na zona pintada) Hayes não arrisca muito, não fazendo portanto grandes números. Da linha dos três pontos tem que evoluir  (18.2% no seu último ano com a equipa Cholet, na França), de modo a constituir uma ameaça maior e a obrigar atenção redobrada ao seu adversário direto.

    Em termos de jogo, ele apresenta-se semelhante a por exemplo D’Angelo Russell em muitas ações, não apressando o jogo, sendo calmo e assertivo, todavia fazendo uso excessivo da sua mão esquerda, podendo causar dano em ações perto do cesto, sendo que o francês raramente utiliza a mão direita para finalizar.

    À semelhança de outros bases no Draft, como é o seu compatriota Maledon, Hayes também não tem na defesa o seu aspeto mais forte, todavia tenha instintos que lhe fazem antever certas jogadas e conseguir muitos roubos de bola.

    Por fim, Killian Hayes é dos bases com maior potencial a surgir de França na última década, sendo projetado por muitos como jogador para entrar no top-10 ou top-5, enquanto escolha de lotaria.

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    Diogo Silva
    Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.