NBA Draft 2020: Top 3 jogadores internacionais

    3.

    Fonte: LDLC ASVEL

    Theo Maledon – Com um trajeto semelhante aos jogadores mencionados nesta lista, Maledon, proveniente de Rouen e nascido em 2001, tornou-se num dos jogadores mais jovens a estrear-se na liga profissional francesa. O jovem francês conquistou vários títulos individuais e coletivos, tais como uma presença no jogo «All Star» da LBN e o prémio de «melhor jogador jovem», enquanto simultaneamente ajudou a sua equipa (ASVEL) a vencer a liga e a taça.

    Depois de 62 jogos na temporada 2018-19, com o ASVEL, onde executou números interessantes (sete pontos, duas assistências, em apenas 17 minutos por jogo),  mereceu a presença no jogo «All Star», tornando-se o mais jovem de sempre a fazê-lo, com apenas 17 anos. Depois de uma temporada feliz, Theo estava projetado como o principal candidato a vencer o prémio «Rising Star» da Euroliga, que premeia o melhor jogador jovem da competição. Apesar de uma lesão no ombro que lhe tirou da competição durante um mês, o jovem internacional francês recuperou e tem feito médias satisfatórias na Euroliga (7.4 pontos e 3.1 assistências em apenas 17.7 minutos por jogo).

    PRÓS

    Maledon apresenta-se como um base versátil, que pode tanto atuar como o principal transportador da bola, como pode funcionar como base secundário, oferecendo boa capacidade de se movimentar sem bola e de atingir os espaços certos para finalizar jogadas. Em termos atléticos, tem muito espaço para evoluir apresentando-se, neste momento, com 1.92 metros e uma envergadura interessante (isto, sendo referente à envergadura dos seus braços naturalmente), sendo fulcral no seu jogo defensivo.

    Ofensivamente, executa de forma notável em ações de pick and roll, tomando por norma sempre a melhor decisão. Não é explosivo, nem tem grande físico que lhe permita vencer alguns duelos, todavia é extremamente ágil e habilidoso em escapar ao adversário e a posteriormente finalizar. Em termos de seleção de lançamento, o base francês acarreta uma boa seleção do mesmo, ao contrário da maioria dos jovens a entrar para o Draft. Theo, evita (quase) sempre lançamentos forçados e utiliza uma mecânica de lançamento eficaz, com um timing bom, onde o único aspeto que poderá evoluir é a velocidade do mesmo, para evitar desarmes de lançamento (no próximo nível será imporante).

    CONTRAS

    Apesar de ser habilidoso, não regista um drible ilustre, nem é sempre o criativo que a equipa necessita, tendo dificuldades em situações de isolação. Theo é bom na tomada de decisão, mas não tem a melhor visão de jogo e pode ceder muito sob pressão, colocando-se de costas para o jogo, podendo aqui cometer turnovers pela ausência do «timing» certo no momento da decisão.

    À semelhança de Lamelo Ball não tem grande rapidez na lateralização de movimentos, tendo que evoluir o seu trabalho de pés, contudo demonstra melhor noção e consciência defensiva que o jovem norte americano. Em regime europeu, Maledon foi sempre induzido a pressionar o oponente direto, onde tem algum sucesso, contudo contra jogadores de maior porte físico poderá ser uma vulnerabilidade.

    Em 1×1, Theo tem muitas dificuldades em defender, ao passo que a sua capacidade atlética aquando comparado com os seus oponentes será um fator importante. Para além disso em pick and roll defensivo, o jovem francês tende a ficar sempre atrás no momento do bloqueio direto (demorando a recuperar a posição), podendo criar uma situação de desvantagem para os seus colegas.

    Em suma, Theo Maledon é um jovem talentoso que consegue manusear de forma exímia em espaços curtos com grande tomada de decisão. Theo é um dos jogadores com maior potencial neste Draft e há expectativas para perceber se terá o sucesso imediato de Tony Parker (ex jogador do ASVEL e lenda dos Spurs) ou se terá as dificuldades de Frank Ntilikina.

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    Diogo Silva
    Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.